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Crítica: Adrianne Lenker, “Bright Future”

Texto: Ygor Monroe
18 de setembro de 2024
em Música, Resenhas/Críticas
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O novo álbum de Adrianne Lenker, “Bright Future” começa com um pé no chão, mas logo te convida a uma montanha-russa de emoções. Imagine um daqueles passeios em que você não sabe bem onde vai parar, mas sente cada curva no peito. Lançado em 22 de março de 2024 pela 4AD, o álbum é um desses momentos mágicos na música – um portal para o universo particular de Lenker, que nos captura pela crueza e profundidade.

Crítica: Adrianne Lenker, “Bright Future”
Crítica: Adrianne Lenker, “Bright Future” | Foto: Reprodução

Gravado no outono de 2022 no estúdio Double Infinity, “Bright Future” foi um produto de uma conexão quase espiritual entre Lenker e seus colaboradores. O álbum foi todo feito em fita analógica, sem computadores à vista, com Philip Weinrobe pilotando a produção. Ele, junto de nomes como Nick Hakim, Mat Davidson e Josefin Runsteen, ajudou a moldar o som sem interferências tecnológicas, um processo descrito por Lenker como “mágico“, já que ninguém ouvia o resultado na hora. Esse tipo de entrega total à música se reflete em cada nota, e dá pra sentir como isso afetou o produto final.

Agora, quando você ouve “Ruined“, o single que lançou em 5 de dezembro de 2023, é como se estivesse lendo uma página arrancada de um diário pessoal, aquela página cheia de arrependimentos. “Sadness as a Gift” segue essa linha, com uma pegada mais suave, quase como um afago na alma. A guitarra, o violino e o piano se misturam de um jeito que parece que Lenker tá ali do seu lado, te consolando enquanto a voz dela entra delicadamente em seus ouvidos. É um convite a sentir o que ela sentiu.

Mas não pense que “Bright Future” é só tristeza. Tem alegria aqui também. “Fool“, o terceiro single, é uma explosão de leveza. Weinrobe mesmo comentou que dá pra ouvir Lenker sorrindo na música, e é verdade – cada toque de guitarra, cada verso soa como uma conversa íntima e alegre. E aí vem “Free Treasure“, última faixa antes do lançamento, que fecha o ciclo de singles com um toque quase esperançoso, como se a tempestade finalmente estivesse passando.

Dito isso, “Bright Future” é um álbum para se sentir. A voz de Lenker é como um sussurro, te puxando para dentro de um espaço tão pessoal que você quase sente que tá invadindo a privacidade dela. O som é cru, sem adornos desnecessários, como se a produção estivesse ali apenas para amplificar o que já era poderoso por si só. A comparação com “Blue” da Joni Mitchell não é exagero – a simplicidade é a chave aqui, com cada elemento musical servindo ao propósito de intensificar a história, sem nunca ofuscar a mensagem principal.

Nas letras, Adrianne Lenker faz o que sabe de melhor: destroça e reconstrói o ouvinte com sua habilidade de tornar o íntimo universal. Ela aborda temas de infância, relacionamentos e luto de uma forma tão visceral que parece estar falando diretamente com a gente, ali no momento mais vulnerável. Em “Real House“, por exemplo, a nostalgia é quase cruel, como se ela estivesse revisitando sua própria juventude e você, de algum modo, estivesse vivendo aquilo com ela – aquele sentimento de olhar as estrelas pela primeira vez, de experimentar a incerteza de um hospital.

E aí temos “Vampire Empire“, uma das faixas mais emocionais do álbum, onde a dor de um relacionamento rompido ainda lateja. Dá pra sentir essa dor, e é impossível não se relacionar com ela, afinal, quem nunca teve uma ferida emocional aberta?

Se fosse para destacar algumas faixas, “Real House“, “Fool” e “Vampire Empire” são as que mais se conectam. “Real House” tem aquela pegada de isolamento melancólico, com o piano e o violino criando um cenário desolador. “Fool” lembra Sufjan Stevens, suave, gentil, quase como uma brisa leve que te envolve. E “Vampire Empire” chega com uma carga emocional mais intensa, como uma tempestade chegando.

No fim das contas, “Bright Future” é o tipo de álbum que você ouve e sente, que te tira do chão e te joga no meio de uma tempestade emocional. Lenker não economiza em te fazer chorar e sorrir, e talvez seja essa a maior magia do disco. Ela te leva para lugares profundos, mas te deixa com uma pontinha de esperança.

Nota final: 90/100

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