“Belo Desastre – O Casamento” é a sequência inesperada do já criticado “Beautiful Disaster”, e, de fato, consegue ir ainda mais fundo no absurdo. Baseado na série de livros de Jamie McGuire, o filme traz Dylan Sprouse e Virginia Gardner novamente nos papéis de Travis Maddox e Abby Abernathy, agora lidando com as consequências de um casamento impulsivo em Las Vegas. Eles decidem “abraçar” a situação e embarcam para uma lua de mel improvisada no México, onde são acompanhados por amigos e familiares. A trama, que tenta explorar os altos e baixos do amor e autodescoberta, acaba resultando em um roteiro bagunçado e repleto de escolhas questionáveis.
O filme atualmente está em alta no ranking da Prime Video dessa semana.
Aqui, as decisões narrativas parecem buscar o exagero com uma dedicação quase obsessiva. De confusões cômicas que beiram o surreal, como uma cena animada e totalmente fora de contexto de Travis comendo uvas para intimidar um possível rival, até subtramas que desafiam a lógica (como brigas de galo e luta livre aleatórias), o filme parece mais um amontoado de esquetes desconexos. O problema central é que o filme, ao tentar abraçar o tom de comédia romântica exagerada que deu certo para alguns no primeiro, perde-se em sua própria caricatura.
O que deveria ser leveza cômica se torna um espetáculo de atuações embaraçosas e uma construção de personagens que chega a ser desconfortável de assistir. Os personagens, que já tinham pouca profundidade no filme anterior, aqui são reduzidos a caricaturas de si mesmos, e as situações cômicas descem a níveis que flertam com o nonsense absoluto.
O enredo se dispersa em eventos absurdos e cenas de apelo físico excessivo que pouco agregam ao desenvolvimento do casal principal. A tentativa de criar momentos de emoção e vulnerabilidade entre Travis e Abby é sufocada por uma comédia forçada e quase constrangedora. Há uma tentativa de ironia, mas o roteiro vai longe demais, entregando diálogos e cenas que mais parecem saídas de uma paródia mal executada.
Vale a pena assistir?
Para quem gostou do primeiro filme pelo puro valor cômico involuntário, “Belo Desastre – O Casamento” pode até render algumas risadas, mas é difícil considerá-lo um bom entretenimento. O exagero na comédia e as escolhas de roteiro tornam a experiência mais incômoda do que divertida. É um filme que desperdiça as oportunidades de explorar um romance interessante em meio ao caos e termina sendo uma sequência desnecessária. Se a ideia é ver uma comédia romântica descompromissada, há opções mais consistentes disponíveis na plataforma.