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Crítica: Beyoncé, “Cowboy Carter”

Texto: Ygor Monroe
3 de fevereiro de 2025
em Música, Resenhas/Críticas
1

Se o álbum “Renaissance” foi o brinde numa festa dançante, “Cowboy Carter” é o carro alegórico que Beyoncé montou para atravessar o deserto texano. Lançado em 29 de março de 2024, esse é o oitavo álbum de estúdio da diva e o segundo de uma trilogia que ela começou a imaginar durante a pandemia de COVID-19. Mas não se engane achando que ela seguiu a linha previsível. Beyoncé vai do country ao pop, ópera, house, rock, hip-hop, blues, soul, gospel, R&B e folk como se estivesse brincando de DJ numa rádio fictícia do Texas.

Para dar aquele toque de autenticidade, ela ainda chamou Dolly Parton, Linda Martell e Willie Nelson para serem os DJs dessa festa! E, como sempre, Beyoncé não está sozinha: ela traz nomes em ascensão do country, como Tanner Adell e Brittney Spencer, além de parcerias com Miley Cyrus, Post Malone e Stevie Wonder.

Beyoncé é a primeira mulher negra deste milênio a vencer Álbum do Ano no Grammy.

Crítica: Beyoncé, “Cowboy Carter” | Foto: Reprodução
Crítica: Beyoncé, “Cowboy Carter” | Foto: Reprodução

Antes de qualquer coisa, precisamos entender a conexão de Beyoncé com o country. A cantora cresceu em Houston, Texas, um lugar onde a cultura cowboy é quase um estado de espírito. Essa paixão não é nova. A primeira vez que ela se aventurou por esses campos foi com “Daddy Lessons“, em “Lemonade” (2016). Lembra? Na época, foi um alvoroço: “Como assim Beyoncé no country?”. Mas ela estava só começando. Agora, em “Cowboy Carter“, ela mergulha fundo nas raízes negras da música country e da cultura western. Produzir esse álbum não foi rápido: Beyoncé levou cinco anos para preparar esse prato cheio de referências e reflexões.

E o que aconteceu quando o álbum chegou às plataformas? Boom! Beyoncé no topo das paradas, quebrando recordes de streaming e marcando presença na Billboard como a primeira mulher negra a liderar a Top Country Albums. A capa do álbum, com ela montada num Lipizzan em movimento, causou aquele burburinho que só a rainha consegue provocar. Beyoncé como rainha do rodeio, referências a ícones da cultura ocidental… Sim, ela sempre pensa nos detalhes.

Agora, se você está esperando um álbum country puro e simples, pode parar por aí. “Cowboy Carter” é uma experiência completa e tão imprevisível quanto Beyoncé. É dividido em três partes distintas, mas complementares. Vamos destrinchar isso!

Primeira parte

Do início com “Ameriican Requiem” até “Daughter“, Beyoncé vai fundo no country. “Texas Hold ‘Em“, o cover de “Jolene” (sim, a da Dolly Parton!), e “Daughter” são verdadeiros hinos à tradição cowboy. Ok, dá para sentir um pouco de “cosplay country” aqui – é Beyoncé sendo Beyoncé, teatral e exuberante. O que importa é que ela faz tudo funcionar, com uma produção grandiosa e performances dignas de palmas. Tem uns momentos fora da curva, como o cover de “Blackbird” e a pop-rock “Bodyguard“. São diferentes, mas fazem sentido no conjunto. Tudo bem que essa parte tem algumas músicas que eu talvez não vá ouvir tanto de forma isolada, mas é uma experiência que funciona no contexto do álbum.

Crítica: Beyoncé, “Cowboy Carter” | Foto: Reprodução
Crítica: Beyoncé, “Cowboy Carter” | Foto: Reprodução

Segunda parte

Agora vem a parte mais polêmica: da faixa “Spaghettii” até “Flamenco“, Beyoncé dá uma guinada no pop, e é aqui que a coisa fica complicada. “Spaghettii” chega como um raio, com Beyoncé rimando de um jeito que sai do nada e te pega de surpresa. Mas é a sequência “Just For Fun“, “II Most Wanted” e “Levii’s Jeans” que me deixa um pouco dividido. Elas têm uma vibe pop-country feita para o rádio, com participações de vozes distintas que, olha, não são muito o meu estilo. Ainda assim, são exuberantes, daquele jeito que a gente espera de um álbum da Beyoncé. Não posso mentir: têm um potencial absurdo de sucesso. É Beyoncé se divertindo e tirando a gente da zona de conforto, mas também provocando questionamentos.

Crítica: Beyoncé, “Cowboy Carter” | Foto: Reprodução
Crítica: Beyoncé, “Cowboy Carter” | Foto: Reprodução

Terceira parte

Chegamos à terceira e última parte, onde Beyoncé realmente me conquistou. A partir do skit “The Linda Martell Show” até “Amen“, é um passeio musical delicioso e criativo, cheio de reviravoltas de gênero. Aqui, ela dobra as fronteiras estilísticas, entrega produções refinadas e performances no auge. Para quem adorou “Act I: Renaissance“, essa sequência final vai agradar em cheio. “Ya Ya“, por exemplo, é construída em torno de um sample de Nancy Sinatra e uma interpolação de Beach Boys, mas soa como algo totalmente único e inédito. Ela faz um tour por referências e estilos, numa carta de amor à música pop, deixando claro: Beyoncé é a música pop.

“II Hands II Heaven” e “Sweet Honey Buckin” são os destaques desse final, com uma produção rica e elegante. O que fica claro é que esse álbum, embora se proponha a explorar o country, na verdade é muito mais uma exploração do que é ser Beyoncé. Ela é a rainha que transita entre estilos e se apropria deles, desconstruindo e redefinindo gêneros.

Crítica: Beyoncé, “Cowboy Carter” | Foto: Reprodução
Crítica: Beyoncé, “Cowboy Carter” | Foto: Reprodução

E o que será do futuro dessa trilogia? De alguma forma, “Cowboy Carter” te faz apreciar ainda mais “Renaissance”, e é exatamente esse o truque de Beyoncé: os álbuns se complementam e se desafiam mutuamente. O disco é um exemplo perfeito do que a música pop deveria ser mais vezes. É grandioso e cinematográfico como um blockbuster, mas ao mesmo tempo entrega músicas criativas, desafiadoras e independentes. Nenhum artista pop está fazendo álbuns no mesmo nível de Beyoncé atualmente, e essa trilogia vai ficar para a história como um marco do legado e da qualidade dela.

Nota Final: 100/100

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