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Crítica: Madonna, “Like a Virgin”

Texto: Ygor Monroe
13 de novembro de 2024
em Música, Resenhas/Críticas
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Em 1984, “Like a Virgin” aterrissou na indústria como um artefato inesperado: um segundo álbum que não parecia um “ato de confirmação”, mas uma autêntica revolução sonora. Madonna já tinha feito seu nome um ano antes, mas aqui ela se preparava para ser coroada como um fenômeno cultural. E não foi à toa. Com uma estética provocadora e uma produção de alto nível, “Like a Virgin” se posiciona com um pé no pop dançante e outro no que era considerado audacioso demais para a época.

Crítica: Madonna, "Like a Virgin" | Foto: Reprodução
Crítica: Madonna, “Like a Virgin”

Madonna chamou Nile Rodgers para produzir esse disco, um mestre da música pop e disco que já havia revolucionado o som de David Bowie com “Let’s Dance”. Rodgers trouxe consigo a sofisticada combinação de baixo e bateria que tanto definia o funk e a disco, dando ao álbum uma base rítmica pulsante e quase indomável. Imagine só: uma artista em ascensão decidindo que quer se juntar a lendas musicais para fazer de seu segundo álbum um marco de produção. Isso é ter visão.

“Like a Virgin” e “Material Girl” não são faixas tímidas. Elas entram com tudo, são provocativas, e Madonna não hesita em colocar na mesa temas como sexualidade, poder feminino e os excessos dos anos 80. Em “Material Girl”, ela constrói um retrato sarcástico da era do consumo, enquanto posava no icônico videoclipe inspirado em Marilyn Monroe, envolta em diamantes e vestidos luxuosos. De repente, o público via algo novo: uma estrela que estava rindo, brincando e provocando. O que Madonna fez foi diferente: não só explorou o glamour, mas também questionou os valores de uma sociedade materialista. Ela ironizava e ao mesmo tempo seduzia. E se o público levava tudo ao pé da letra? Bem, isso só fazia parte da diversão.

Quando chegamos à faixa-título, “Like a Virgin”, o álbum dá um salto na narrativa. Com uma batida que parece pulsar no ritmo do coração, Madonna oferece uma espécie de “primeira vez” renovada, não como uma declaração de pureza, mas como um renascimento. A letra fala de amor e vulnerabilidade, mas o jeito como ela canta com um toque de malícia muda tudo. A ironia, o mistério, e a audácia estão lá, é Madonna jogando com o conceito de inocência e experiência. Nile Rodgers, por sua vez, usou todo seu talento para manter o ritmo tenso e magnético. O resultado é uma faixa que se equilibra entre o provocante e o genuíno.

Crítica: Madonna, "Like a Virgin" | Foto: Reprodução
Crítica: Madonna, “Like a Virgin”

Outro ponto interessante é o uso da tecnologia digital na gravação do álbum, que estava em sua fase experimental. Jason Corsaro, engenheiro de som, insistiu com Nile Rodgers que essa técnica era o futuro. O resultado? Uma clareza de som que ainda hoje dá frescor às faixas, e que capturou a intensidade dos instrumentos e a voz de Madonna com precisão cirúrgica. A decisão de apostar no digital mostra uma Madonna comprometida com inovação, entendendo que o som é tão essencial quanto a imagem.

Faixas como “Dress You Up” e “Over and Over” mostram o lado mais otimista e vibrante de Madonna. “Dress You Up” é uma explosão sensual, enquanto “Over and Over” exalta a força de vontade e o otimismo. Ambas são deliciosas na simplicidade, mas são movidas por aquela energia inconfundível dos anos 80, que mescla guitarras com uma batida dançante e envolvente. “Dress You Up” foi um sucesso, e, embora seja uma faixa mais direta, não deixa de lado o tom provocativo.

E, no meio de todas essas faixas dançantes e cheias de atitude, surge “Love Don’t Live Here Anymore”. É uma reinterpretação lenta e dolorosa de Rose Royce que parece deslocada em meio ao ritmo do álbum, mas que aponta para o futuro. Era Madonna testando algo mais profundo, já vislumbrando baladas que, mais tarde, se tornariam emblemáticas em sua carreira. É como se dissesse: “Posso dançar a noite inteira, mas também sei como falar de amor partido.”

Crítica: Madonna, "Like a Virgin" | Foto: Reprodução
Crítica: Madonna, “Like a Virgin”

“Like a Virgin” encerra com “Stay” e “Pretender”, duas faixas que não trazem o mesmo impacto das anteriores, mas que são saborosas em sua simplicidade. É quase como se Madonna estivesse acenando para o público e dizendo: “Isso aqui é só o começo”. E era. A turnê que veio na sequência, The Virgin Tour, colocou Madonna cara a cara com uma legião de fãs adolescentes, muitos deles vestidos de Boy Toy, imitando cada detalhe de sua ousadia visual. Essas jovens “wannabees” foram o início de uma base de fãs que, ao longo dos anos, só cresceria.

Há uma frase que diz que você deve “amar a arte, não o artista”. Mas, em “Like a Virgin”, Madonna nos desafia a amar os dois – o som e a provocação, a dança e a mensagem. Ela cria um espaço onde o pop é arte e cultura, onde cada faixa é um capítulo de uma história que reverbera ainda hoje. Quarenta anos depois, o álbum não só resiste, ele ainda invade a imaginação e os fones de ouvido de novas gerações. E, se alguém tinha dúvidas de que Madonna continuaria por aí, “Like a Virgin” provou que o mundo pop ainda não tinha visto nada igual.

Nota final: 90/100

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