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Crítica: Queen, “Queen”

Texto: Ygor Monroe
30 de outubro de 2024
em Música, Resenhas/Críticas
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O debut do Queen é uma descarga elétrica de talento e irreverência, um disco que desafia convenções com cada faixa e faz questão de marcar território. Lançado em 1973, esse álbum é o verdadeiro ponto de partida para o som inovador e teatral que definiria a banda. Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon chegam prontos para o combate, com uma mistura de hard rock, heavy metal e toques de fantasia que ninguém estava explorando com tanta precisão. Aqui, cada acorde e cada virada de tempo já indicam o que o Queen seria para o rock: uma força de invenção pura.

Crítica: Queen, "Queen" | Foto: Reprodução
Crítica: Queen, “Queen” | Foto: Reprodução

“Keep Yourself Alive” abre o álbum com um riff que já é clássico, construído com aquela saturação quente e distorcida da Red Special de May, criando camadas que fazem o som ressoar vivo. Esse não é apenas um rock direto; a faixa carrega uma pulsação irônica, com guitarras incisivas e vocais que estabelecem a presença dramática de Freddie. Em seguida, “Doing All Right” explora uma veia experimental, alternando entre balada e peso em transições dinâmicas. A guitarra acústica Hairfred de May e o uso cuidadoso do piano adicionam uma profundidade sutil à faixa, uma textura que confere uma atmosfera cinematográfica ao som e desafia o ouvinte a acompanhar cada mudança de compasso.

Com “Great King Rat”, Freddie exibe seu talento para a composição teatral. A faixa traz mudanças rítmicas ousadas, utilizando pontes melódicas para criar uma narrativa musical que escancara o sarcasmo de Mercury. É uma fábula rock cheia de solos intricados e vocais carregados de dramatismo. A construção dos acordes e a extensão dos solos dão ao som uma densidade quase palpável, como se cada parte fosse um novo ato de uma história maior.

“My Fairy King” leva o ouvinte a Rhye, um universo místico criado por Freddie, e é aqui que ele estreia no piano com maestria. A técnica vocal e as harmonias sobrepostas criam uma textura densa e mística. O tom dramático é reforçado por progressões de acordes complexas que evocam uma fantasia atmosférica, cheia de simbolismo para Freddie. Segundo rumores, foi nesta faixa que ele decidiu adotar o sobrenome “Mercury”, impulsionado pela força poética de sua própria criação.

“Liar” apresenta um Queen sombrio e denso, onde a confissão de Freddie parece se transformar em um rito catártico. A guitarra de May, saturada e precisa, dialoga com o órgão Hammond para adicionar uma camada extra de peso emocional. A faixa é um exemplo de como o Queen domina o contraste de timbres, com passagens de silêncio e explosões sonoras que elevam a música a uma narrativa quase operística.

“The Night Comes Down” soa como uma pausa, uma faixa melancólica e introspectiva que destaca a habilidade de May em criar paisagens sonoras. A melodia suave e os acordes harmônicos refletem uma estética dos Beatles, conferindo à faixa um ar de nostalgia com influências psicodélicas.

“Modern Times Rock’n’Roll” é pura energia condensada em menos de dois minutos. Aqui, Roger Taylor assume os vocais para um som direto e agressivo, antecipando a crueza do punk. A distorção suja e o tempo acelerado reforçam a habilidade do Queen em capturar o espírito de uma época que ansiava por mudança.

“Son and Daughter” investe no blues rock com uma pegada heavy. O timbre grave e os riffs monolíticos criam uma sonoridade densa e robusta, um groove que se afasta das tendências pop da época. A letra questiona papéis e normas sociais, explorando temas de identidade e poder.

Para encerrar, “Jesus” e a versão instrumental de “Seven Seas of Rhye” trazem um toque transcendental, quase psicodélico, explorando elementos de narrativa bíblica em um instrumental que expande a faixa até uma catarse final. O solo da Red Special adiciona uma camada de tensão e profundidade, dando à música uma qualidade mística que ressoa além do rock.

O álbum de estreia do Queen é um exemplo de liberdade criativa, onde cada faixa carrega uma intenção clara e um estilo próprio, executado com precisão técnica. Com essa estreia, o Queen define um padrão de inovação e teatralidade que logo se tornaria uma assinatura no rock.

O disco ganhou uma versão remasterizada em Dolby Atmos. Para conferir, basta clicar aqui.

Nota final: 86/100

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