Jason Reitman se aventura por um terreno icônico e arriscado em “Saturday Night – A Noite que Mudou a Comédia”. Revisitando os bastidores do Saturday Night Live na estreia de 1975, o diretor apresenta um retrato cheio de energia e caos criativo que nos faz sentir parte daquela noite transformadora.
O filme apareceu em previsões de renomadas publicações, como a Variety. Além disso, segue em campanha para a premiação do Oscar, marcada para março de 2025.
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O filme é uma celebração do improviso e do nervosismo que precedem o ato ao vivo, mas também uma lembrança de que o gênio da comédia muitas vezes nasce em meio ao pânico. Os 90 minutos que antecedem a primeira transmissão são o coração da narrativa: uma mistura de tensões, ideias conflitantes e o puro desespero de jovens comediantes em busca de relevância. Para quem já lidou com prazos impossíveis, o frenesi retratado ali é estranhamente familiar.
O elenco, formado em sua maioria por rostos menos conhecidos, entrega performances consistentes e envolventes. Destaque para a atuação de quem interpreta Chevy Chase, que acerta o tom com perfeição, e para a atriz que dá vida a Gilda Radner, despertando tanto nostalgia quanto saudade de uma era inesquecível. Willem Dafoe e J.K. Simmons, sempre carismáticos, brilham em papéis coadjuvantes que adicionam um tempero extra ao longa.
Apesar da proposta intrigante, o filme carece de profundidade em alguns aspectos. Há um certo desapontamento ao perceber que não vemos tanto dos momentos finais da estreia. Para os fãs, assistir ao episódio original pode ser uma opção complementar, mas a sensação é de que o longa perdeu a chance de explorar o que consolidou a magia daquele show ao vivo.
Por outro lado, a direção acerta ao captar a atmosfera de juventude e incerteza. Há algo muito genuíno na forma como o filme transmite o espírito daqueles dias. A revolução não parecia tão grandiosa naquele momento, mas estava lá, fermentando entre os diálogos rápidos e os trajes de abelha de John Belushi.
No fim, “Saturday Night – A Noite que Mudou a Comédia” é mais uma carta de amor ao SNL do que uma obra-prima cinematográfica. Não é perfeito, mas é sincero e cheio de momentos que arrancam risadas e deixam um sorriso no rosto. Para quem cresceu fascinado pela irreverência do programa ou para quem só quer uma boa diversão, é uma escolha certeira para uma noite de sábado.
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