“She Wolf” é um trabalho curioso dentro da discografia de Shakira, revelando uma artista em busca de novas sonoridades. Lançado em 2009, o álbum aposta no electropop com nuances de folk e música global, uma mudança significativa em relação ao pop latino e pop rock que marcaram seus projetos anteriores. Ainda que o disco não atinja o mesmo impacto de seus maiores sucessos, há valor na ousadia de explorar novos caminhos.
Shakira se apresenta no Brasil em fevereiro de 2025. A turnê no Brasil é apresentada pelo Santander Brasil, com patrocínio de Shell, Coca-Cola, Heineken e Decolar, além do apoio da Esfera. Mais informações estão disponíveis no link.
A produção é diversificada e cheia de experimentações. Faixas como “Gypsy” ganham destaque pela simplicidade elegante, onde Shakira se entrega de forma desarmada. “Men In This Town” impressiona com sua base eletrônica e um rap inesperado que dá um toque de originalidade. Já “Good Stuff” e “Give It Up to Me” flertam com o hip-hop e trazem um apelo mais enraizado, mostrando o desejo de Shakira de dialogar com novas audiências.
Ainda assim, o álbum sofre de uma desconexão entre conceito e execução. A voz de Shakira, sempre marcante, soa menos confiante em algumas faixas, como na própria “She Wolf”. O uivo, que deveria encapsular a essência da música, acaba parecendo tímido, quase sem vida. Além disso, a repetição da faixa-título em diferentes versões dentro do álbum não acrescenta muito e enfraquece o impacto geral.
Embora o esforço de inovação seja evidente, “She Wolf” carece de consistência para se tornar memorável. Algumas músicas mostram flashes de brilho, mas outras parecem menos envolventes, deixando o ouvinte esperando mais. A tentativa de conquistar o mercado americano, como em “Give It Up to Me”, soa mais como uma estratégia do que como uma evolução natural do trabalho de Shakira.
No fim, “She Wolf” é um disco que tenta coisas novas, mas entrega resultados irregulares. Há momentos de criatividade e ousadia, mas falta uma conexão mais forte entre Shakira e seu próprio material. Não é seu trabalho mais forte, mas serve como um registro interessante de uma fase experimental na carreira da artista.
Nota final: 57/100
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