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Crítica: Taylor Swift, “Reputation”

Texto: Ygor Monroe
19 de março de 2025
em Música, Resenhas/Críticas
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Lançado em novembro de 2017, “Reputation” marca uma ruptura decisiva na trajetória de Taylor Swift. Após anos construindo sua imagem como a garota americana impecável, primeiro no country, depois no pop radiográfico de “1989” Taylor entrega um álbum sombrio, carregado de ressentimento, autodefesa e, paradoxalmente, vulnerabilidade. É seu projeto mais autoconsciente até então, não apenas por confrontar diretamente sua narrativa midiática, mas por explorar novos territórios sonoros com uma ousadia até então rara em sua discografia.

Álbuns subestimados no pop que merecem mais atenção

Crítica: Taylor Swift, "Reputation"
Crítica: Taylor Swift, “Reputation”

Produzido por nomes já consolidados como Max Martin, Shellback e Jack Antonoff, “Reputation” é revestido de uma estética electro-pop e R&B contemporânea, onde o peso das batidas programadas, synths agressivos e até elementos de trap e EDM moldam uma atmosfera ora opressiva, ora sedutora. Longe da limpidez cristalina de “1989”, o disco mergulha num som mais áspero e carregado, condizente com a persona de Swift em meio a uma tempestade pública, acusada, exposta, “cancelada”.

A abertura com “…Ready for It?” já sinaliza a nova postura: versos falados em tom quase rap, graves pesados, produção maximalista. Swift soa desafiadora, quase ameaçadora, instaurando um clima de guerra fria pop. A sequência com “End Game”, no entanto, evidencia um dos tropeços mais visíveis do disco: a tentativa de cruzamento com o hip hop soa artificial. Future parece deslocado, Ed Sheeran ainda mais. A química entre os três é inexistente, e a faixa, ainda que interessante conceitualmente, fracassa na execução.

“I Did Something Bad” continua a estética beligerante, com seus drops dubstep e refrão ensurdecedor. Embora liricamente represente uma tentativa de empoderamento pós-escândalo, a faixa beira o caricatural, tanto pelo autotune excessivo quanto pela produção datada. Curiosamente, logo na sequência, Swift entrega um de seus melhores momentos no álbum: “Don’t Blame Me” é um exemplo de como ela poderia ter canalizado essa nova sonoridade com mais equilíbrio. A canção tem uma construção vocal impecável, com um crescendo emocional eficaz e produção imersiva, um ápice na proposta de mesclar espiritualidade gospel com batidas eletrônicas.

O maior triunfo de “Reputation” está, paradoxalmente, nas faixas onde Swift baixa a guarda e abraça a vulnerabilidade sob a camada de ironia. “Delicate”, um synth-pop lo-fi com batida house discreta, captura com perfeição a tensão entre a exposição pública e o desejo por conexão autêntica. A produção de Antonoff é contida, mas não simplista, permitindo que a melodia flua sem o peso das faixas anteriores.

Já “Look What You Made Me Do” merece um capítulo à parte, e não pelos melhores motivos. Inspirada livremente em “I’m Too Sexy”, com uma construção minimalista que culmina num refrão falado robótico, a faixa soa como um pastiche sem direção clara. É difícil discernir se Swift pretendia abraçar o kitsch ou se perdeu em sua própria sátira. A faixa rapidamente se tornou um divisor de águas na carreira da cantora: hit massivo, mas amplamente criticada por sua rigidez e falta de sutileza.

Curiosamente, no segundo ato do álbum, a coerência melhora. “Getaway Car” é talvez a faixa pop mais polida e coesa do projeto, onde as metáforas de fuga encontram respaldo numa produção impecável, novamente com assinatura de Antonoff. “Dancing with Our Hands Tied” retoma o synth-pop atmosférico, enquanto “Call It What You Want” traz uma Taylor mais introspectiva, vocalmente mais relaxada, apoiada por uma produção minimalista que contrasta com o caos inicial.

O fechamento com “New Year’s Day” é um golpe inesperado. Abandonando completamente a grandiosidade eletrônica, a faixa é uma balada piano e voz, gravada de forma quase íntima. Como epílogo, ela recontextualiza todo o álbum: por trás das armaduras, Taylor ainda expõe fragilidade, apego e esperança.

“Reputation”, em sua essência, é um disco marcado por contradições. Seu excesso é parte de seu charme, mas também de suas falhas. É instável, imprevisível e, acima de tudo, humano. Não é o álbum mais bem resolvido de Taylor e seu senso de identidade parece em guerra com sua imagem pública, mas é, sem dúvida, um dos mais fascinantes. É onde ela experimenta, arrisca e, por mais que erre em certos momentos, consegue deixar marcas profundas.

Nota final: 85/100

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