Hoje, “Title”, o álbum de estreia de Meghan Trainor em uma grande gravadora, celebra 10 anos desde seu lançamento em 9 de janeiro de 2015. Este disco, que trouxe Trainor ao estrelato, foi um marco na cena pop ao misturar nostalgia dos anos 1950 e 1960 com um toque moderno. Apesar das críticas mistas, “Title” teve impacto suficiente para definir tendências e consolidar o nome de Trainor no cenário musical.
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Gravado em parceria com Kevin Kadish, o álbum foi uma reação contra a dominância da música eletrônica, buscando inspiração no doo-wop, R&B e blue-eyed soul, com pitadas de reggae. Essa abordagem retrô gerou sucessos como “All About That Bass”, cuja simplicidade e refrão chiclete catapultaram Meghan ao primeiro lugar em 58 países. Ainda assim, o single foi alvo de críticas por sua mensagem controversa, que soava contraditória aos ideais de empoderamento feminino que o álbum, em tese, pretendia abraçar.
É inegável que Trainor tem talento para compor melodias memoráveis. “Like I’m Gonna Lose You”, um dueto com John Legend, traz um tom intimista, enquanto “Close Your Eyes” revela um lado mais vulnerável. Faixas como “3am” mostram Meghan brincando com ritmos divertidos e letras leves, o que demonstra sua capacidade de se conectar com o público jovem. No entanto, faixas como “Bang Dem Sticks” e as tentativas de rap evidenciam os limites de sua versatilidade, tornando-se facilmente esquecíveis.
Apesar dos desvios, o álbum conseguiu feitos históricos: além de estrear no topo das paradas em diversos países, “Title” fez de Meghan a quinta artista feminina a alcançar o primeiro lugar simultaneamente com seu single e álbum de estreia. Esse sucesso não foi por acaso. Trainor soube capitalizar sua imagem afável e sua proposta musical descomplicada para criar um produto que, embora não impecável, entregava diversão imediata.
Olhando com a perspectiva dos 10 anos, “Title” é, ao mesmo tempo, datado e icônico. Enquanto alguns de seus temas e escolhas sonoras não envelheceram tão bem, ele marcou um momento em que o pop mainstream ousou olhar para o passado para encontrar seu futuro. Não é um álbum para ser levado muito a sério, mas talvez seja exatamente isso que o torna tão singular.
Nota final: 50/100
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