Passados 17 anos desde a primeira vez que a banda britânica Keane veio ao Brasil, em 2007, Tom Chaplin, Tim Rice-Oxley, Jesse Quin e Richard Hughes retornaram ao país nesta semana para a turnê comemorativa de 20 anos de “Hopes and Fears”, o primeiro disco, lançado em 2004.
Antes do show no Espaço Unimed, em São Paulo, na noite deste sábado (9), a banda se apresentou em Curitiba e no Rio de Janeiro e ainda tem datas no Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Peru e Colômbia. No Brasil, os ingressos para os três shows estavam esgotados.
“Hopes and Fears” é um daqueles discos que, apesar da ainda pouca idade, caminha para envelhecer bem. Hits como “Somewhere Only We Know”, “This Is the Last Time” e “Everybody’s Changing” estavam entre os mais aguardados pelos fãs, que ainda conferiram ao vivo sucessos dos outros álbuns.
Sim, apesar de turnê comemorativa, Keane não deixou de lado em quase duas horas de show sucessos de outros álbuns como “Silenced by the Night” (Strangeland), “Spiralling” (Perfect Symmetry), “Perfect Symmetry” (Perfect Symmetry), “Is It Any Wonder?” (Under the Iron Sea) e “Crystal Ball” (Under the Iron Sea), por exemplo. O espetáculo era o mais aguardado pelos fãs desde 2019, quando o Keane se apresentou pela última vez no Brasil, exatamente no mesmo local, que na época ainda era o Espaço das Américas.
Sem lançar álbum de inéditas desde 2019, quando “Cause and Effect” veio ao mundo, Keane fez mais turnês do que lançou discos. Esta é a sétima vez que a banda sai em excursão ante cinco discos de inéditas já lançados. Desabono? Nenhum. Keane entrega absolutamente aquilo que o público quis ver: Tom Chaplin carismático, que chega a interagir com o público algumas vezes, como ao desejar parabéns a uma fã da plateia, relembrando visitas anteriores ao Brasil, ouvindo os gritos sobre qual seria a música do bis/encore e questionando se o público de São Paulo seria mais barulhento que o do Rio de Janeiro. A simetria perfeita, fazendo alusão ao título do disco de 2008.
Relembrando o sucesso de “Hopes and Fears”, o disco foi lançado em 10 de maio de 2004 e alcançou o topo das paradas de álbuns no Reino Unido. Foi o segundo álbum mais vendido no Reino Unido em 2004. Após vencer o Brit Award de Melhor Álbum em fevereiro de 2005, o disco voltou ao topo das paradas.
Com mais de 2,7 milhões de cópias vendidas no Reino Unido, “Hopes and Fears” foi o 11º álbum mais vendido dos anos 2000 no país e, em 2011, foi listado como o 9º mais vendido do século 21 no Reino Unido. Em 2010, foi indicado entre os dez melhores álbuns britânicos dos últimos 30 anos pelo Brit Awards, mas perdeu para “What’s the Story Morning Glory?”, do Oasis, que, por sinal, vem ao Brasil ano que vem para uma turnê de reencontro.