Nostalgia: relembre 5 discos que envelheceram muito bem

Há discos que chegam ao mundo com tudo menos aplausos. Eles dividem opiniões, deixam críticos perplexos e fãs confusos. Mas o tempo, sempre implacável, tem um jeito curioso de revelar o verdadeiro valor dessas obras. O que foi controverso, estranho ou até rejeitado no lançamento, muitas vezes se torna ouro nas mãos da história. Vamos relembrar cinco álbuns pop que enfrentaram resistência, mas que hoje são aclamados.

Nostalgia: relembre 5 discos que envelheceram muito bem | Foto: Reprodução

“Solar Power” – Lorde

Quando Solar Power foi lançado, Lorde trocou a melancolia pop de “Melodrama” por uma vibe quase minimalista e solar, que não ressoou de imediato com parte de seu público. Fãs e críticos ficaram divididos, muitos achando que o álbum não entregava o peso emocional que esperavam. No entanto, com o tempo, a proposta zen de Lorde passou a ser entendida como uma mensagem profunda de cura e autocuidado, especialmente em tempos incertos. Hoje, ele é celebrado como um álbum necessário e corajoso.

“Witness” – Katy Perry

Witness foi um divisor de águas na carreira de Katy Perry. Longe das explosões coloridas e hits certeiros, o álbum tentou trazer uma nova perspectiva política e mais séria, mas acabou sendo criticado por sua falta de direção e pelas expectativas frustradas dos fãs. Com o tempo, no entanto, o disco passou a ser reavaliado por trazer uma Katy mais vulnerável e introspectiva, algo que não se via antes. As músicas que antes soavam confusas, como “Chained to the Rhythm”, hoje ganham um novo significado com o amadurecimento do público.

“Glory” – Britney Spears

Embora tenha sido bem recebido por parte dos críticos, Glory não alcançou o mesmo sucesso comercial que Britney estava acostumada em seus anos de ouro. A princípio, o álbum foi visto como uma tentativa segura de retorno, sem muitos riscos ou inovação. Contudo, o tempo foi generoso com “Glory”, e o público redescobriu sua complexidade. Músicas como “Slumber Party” e “Man on the Moon” se destacam como momentos brilhantes de uma artista que ainda tinha muito a dizer.

“American Life” – Madonna

Quando American Life foi lançado, Madonna enfrentou duras críticas por seu comentário político explícito e uma sonoridade mais minimalista. Foi considerado por muitos um dos pontos baixos de sua carreira. Mas o tempo foi generoso com “American Life”. Em uma era de crescente conscientização política e social, o álbum é revisitado como uma peça de arte pop que estava muito à frente de sua época. A mistura de crítica social e vulnerabilidade pessoal, especialmente em faixas como “Hollywood” e “Nothing Fails”, hoje são vistas como inovadoras e corajosas.

“Born to Die” – Lana Del Rey

O icônico Born to Die de Lana Del Rey foi recebido com muita controvérsia em seu lançamento, com críticos divididos sobre seu estilo “triste glamouroso” e a persona enigmática da cantora. O álbum foi acusado de ser excessivamente dramático e insincero. Porém, com o passar dos anos, “Born to Die” se transformou em um clássico moderno, sendo revisitado por sua autenticidade e por ter criado uma nova linguagem pop melancólica que abriu caminho para diversos artistas da nova geração. Hoje, é difícil imaginar o cenário pop sem a influência de Lana.

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