
O ano está sendo definitivamente ótimo para Bryan Behr. O cantor grava nesta quinta-feira (28), em São Paulo, seu primeiro projeto audiovisual às 21h. No mesmo horário, lança seu segundo álbum, “Todas as Coisas do Coração”. Ele também anuncia sua primeira turnê, com shows já agendados para Rio de Janeiro, Curitiba, Blumenau e outras cidades que ainda serão adicionadas nos próximos dias. Além disso, ele comemora o sucesso do hit viral “A Vida é Boa com Você”, de 2020, que já teve milhares de vídeos gravados nas plataformas digitais e chegou a tocar na final do BBB 22, na terça-feira (26).
As 12 faixas de “Todas as Coisas do Coração” tiveram Bryan como autor e, em algumas delas, ele contou com a colaboração de parceiros como Juliano Cortuah, que também assina a produção musical do álbum, Davi Carturani, Flávio Ferrari, Julia Mestre e Calum Scott, com quem lançou um feat ano passado. Parte das músicas já havia sido divulgada anteriormente em dois EPs, que agora se completam em um álbum.
Já a gravação do audiovisual, marca a primeira apresentação de Bryan em três anos. O artista ia planejar uma turnê de lançamento do álbum “A Vida é Boa”, em 2020, mas logo veio a pandemia. O show de São Paulo junto com as primeiras apresentações da turnê será o primeiro contato de Bryan com o público desde que se tornou um dos grandes nomes da música no Brasil.
Na véspera do lançamento e da gravação, o Caderno Pop conversou com o sul catarinense, mas que agora se divide também entre São Paulo e Rio de Janeiro.
De surpresa você anunciou o lançamento do álbum e queria que você falasse mais dele. Já tivemos algumas amostras de músicas em dois EPs anteriores e o que ele terá junto com a gravação.
Quando surgiu a ideia de lançar um disco a gente teve a ideia de dividir ele em capítulos, por ser um disco que conta muitas histórias e sentimentos. A gente lançou o Capítulo 1, com cinco faixas, o Capítulo 2 com cinco faixas e a gente fez pro lançamento do disco esse compilado dos capítulos 1, 2 e o 3, que são essas cinco músicas inéditas, pra gente jogar isso pro mundo. São músicas que contam muitas histórias e ganhou esse nome – a gente queria lançar esse disco mas não tinha nome – então decidiu inclusive faz pouco tempo depois que me deparei com “Todas as Coisas do Coração”, que fala não só de amor romântico ou vida… não é um disco que tem uma linguagem só. Os arranjos também são diferentes uns dos outros. E agora é a primeira vez que todas essas músicas inclusive as lá do “A Vida é Boa” vão pro palco. Todas elas foram lançadas pro mundo e nenhuma delas ganhou um showzinho sequer, então é a primeira vez que a gente vai subir no palco com essas canções. E a gente decidiu eternizar esse retorno com a gravação desse audiovisual.
E vai ter alguma surpresa na gravação, afinal é o seu primeiro show em três anos?
A gente tá fazendo um show pras pessoas que gostam de ouvir as minhas músicas, mas não dá pra fazer um show com tanto tempo de duração que tenham todas as músicas que gostaríamos de tocar, então estamos indo do feeling do coração, entender o que as pessoas estão a fim de ouvir, do que a gente tá a fim de tocar em cima do palco.
Faz quanto tempo que vocês já estão ensaiando para essa gravação? Ele já seria um show planejado para ser uma turnê?
Eu acho que tô há uns 25 anos ensaiando pra esse show, tem muita coisa rolando há muito tempo e principalmente por conta da pandemia, ficamos com aquele sentimento do tipo, a gente estava a uma ou duas semanas do primeiro show quando começou todo o isolamento. Já tínhamos gravado o disco, o disco tinha ganhado o mundo, mas não tínhamos pisado no palco. Já antes do isolamento já vínhamos de um período sem apresentações. Isso de desdobrou porque começamos a perceber que as pessoas estavam gostando da ideia, querendo assistir ao vivo e motiva a querer levar isso pra muitos lugares. Então estamos preparando apresentações pro próximo semestre. A ideia é que a gente rode o país inteiro. A gente tem São Paulo, dia 28, Rio de Janeiro dia 7 de maio, Curitiba em 3 de junho e Blumenau em 25 de junho. Deve sair outras datas ainda.
E teve “A Vida é Boa com Você”, na final do BBB, né? Como foi?
A surpresa foi um susto, eu tava lá assistindo de bobeira, e de repente meu celular começou a tocar… as pessoas mandavam “BBB”. Pensei ‘será que as pessoas falaram de mim?’. E acho que não existia lugar melhor ali naquele programa e momento pra se mostrar uma canção como essa como os momentos dos casais que se formaram dentro da casa, um reflexo de tudo que tá acontecendo aqui fora. A gente tá vendo “A Vida é Boa” com milhares de vídeos e isso de certa forma reverteu lá dentro. Achei muito bonito e fiquei muito surpreso.
Você não está mais morando em Santa Catarina, né?
Eu te confesso que meu coração tá muito indeciso entre São Paulo e Rio de Janeiro. os dois lugares têm muito a oferecer, são muito legais. Cada um tem suas particularidades. Eu acho que vou dar tempo ao tempo pra tentar entender pra onde eu vou e tentar aproveitar o máximo de cada lugar. Vou me jogar, testar, sempre fico um mês aqui, um mês lá, um tempo em casa e eu gosto disso.
Agora então álbum, turnê, gravação… tudo de uma vez!
É um teste pra cardíaco real, eu vô tá 9 da noite lançando um disco, gravando meu primeiro audiovisual e fazendo meu primeiro show depois de três anos!
E qual sua grande aposta pro álbum novo, seu grande chute pra ser a música que vai bombar?
Eu queria saber te dizer, assim, porque tipo, eu tenho aquele feeling da música que caminha mais que a outra, mas eu sempre erro, mas eu acho que o Capítulo 3 tem uma pretensão um pouco diferente, porque todas as músicas foram construídas de uma forma pop, com letra, sentimental, mas senti que não estava explorando todas as coisas, pensando no disco como um todo. Então o Capítulo 1 tem essa coisa mais energética, aberta, ao mesmo tempo mais calma. O Capítulo 2 mais pop, mais programações. Quando a gente montou o disco, pegou o melhor dos dois mundos, com músicas do Capítulo 1 e 2 que não tão dentro do disco, e selecionou isso pra fazer um disco muito coeso. O Capítulo 3 vem pra somar de um jeito mais introspectivo. Elas têm muito menos elementos e eu acho que precisava disso nesse capítulo, nesse disco como um todo. A nossa música de trabalho é “Não Há Voz Que Alcance” porque explora muito do que existe no disco. Eu diria que é minha melhor letra do disco, a música que melhor me apresenta enquanto intérprete e os elementos do arranjo dela se comunicam com quase todas as faixas do disco. É uma música de apresentação, se alguém me parasse na sua, ia fazer isso aqui, bota o fone de ouvido. Talvez não seja a música mais radiofônica, mas talvez a que melhor representa esse disco num todo.