Robert Pattinson, Tom Holland, Haley Bennett, Bill Skarsgard e Sebastian Stan… só por esses nomes já dá pra ter ideia de que é um fime grande. E sim, “O Diabo de Cada Dia”, adaptação do livro de Donald Ray Pollock e que chega à Netflix nesta quarta-feira (16) é ambicioso.
Um dos motivos é que o filme aborda um tema delicado, a religião, sob a prespectiva de vários personagens, todos trabalhados meticulosamente em quase 2h20 de filme.
Na trama de “O Diabo de Cada Dia”, um pastor profano (Robert Pattinson), um veterano de guerra (Bill Skarsgard), um casal perverso (Jason Clarke e Riley Keough) e um xerife corrupto (Sebastian Stan) são alguns dos habitantes sinistros de Knockemstiff, uma região remota de Ohio onde o jovem Arvin Russell (Tom Holland) enfrenta as forças do mal que ameaçam sua família.
Depois de assistir ao filme, fiquei pensando que nada que pudesse ter feito de ruim nessa vida, chegaria aos pés do que os personagens fizeram. E tudo por causa da fé, que beira, em alguns momentos, beira o exagero.
O filme não tenta passar a imagem sobre uma ou outra religião, até porque cada personagem tem o seu próprio sentimento em relação a isso, mas já tentaram imaginar um homem matar a esposa esperando que ela seja ressuscitada? Ou obrigar o filho a rezar por horas seguidas para que a mãe seja curada de um câncer terminal? Ou ainda convidar uma jovem a orar sob o pretexto de que Deus quer que ela mostre ao pastor como veio ao mundo? Tudo isso sendo narrado por um homem que nos permite se envolver cada vez mais na trama.
A imprensa internacional tem destacado bastante a atuação de Tom Holland e Robert Pattinson (este, talvez seja o personagem mais odiável do filme), mas o elenco como um todo faz valer os 138 minutos do longa. É uma das grandes surpresas do ano e aquele filme que, infelizmente, os cinemas não nos trouxe em 2020 por causa da pandemia.
“O Diabo de Cada Dia” estreia mundialmente nesta quarta-feira (16), na Netflix.