A 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo se consolida como um dos espaços mais potentes para descobrir e valorizar a força criativa de mulheres no audiovisual. Nesta edição, a seleção reúne nomes como Tata Amaral, Flavia Castro, Rafaela Camelo, Karol Maia e Djin Sganzerla, em produções que transitam entre a ficção e o documentário, unindo técnica, sensibilidade e discurso. O festival se transforma, mais uma vez, em um palco para o cinema feito a partir do olhar feminino, capaz de provocar, emocionar e expandir fronteiras narrativas.

“A Natureza das Coisas Invisíveis”
Primeiro longa de Rafaela Camelo, o filme acompanha Glória, uma menina de 10 anos que passa as férias no hospital onde a mãe trabalha como enfermeira. Lá, ela conhece Sofia, uma criança que lida com o agravamento da saúde da bisavó, e as duas constroem um laço delicado diante da iminência da perda. A diretora transforma esse encontro em uma história sobre empatia e amadurecimento, traduzida em um olhar que equilibra inocência e lucidez. O longa foi destaque em Gramado, conquistando três Kikitos, e encerrou o Festival de Brasília. Com distribuição da Sessão Vitrine Petrobras, estreia nos cinemas em 27 de novembro.
Sessões: 27/10, às 19h40, no Reserva Cultural (Sala 2) | 28/10, às 19h20, na Cinemateca (Sala Oscarito).
“Aqui Não Entra Luz”
Com direção de Karol Maia, o filme vencedor do Candango de Melhor Direção no Festival de Brasília investiga as raízes da desigualdade social e racial no Brasil contemporâneo. A partir das experiências de sua mãe, trabalhadora doméstica, e de uma pesquisa histórica minuciosa, a diretora constrói um retrato contundente das marcas da escravidão ainda presentes no país. O longa tem distribuição da Embaúba Filmes e estreia em 2026.
Sessões: 25/10, às 21h30, no Reserva Cultural (Sala 2) | 27/10, às 16h50, no Cinesesc.
“Cyclone”
Ambientado em São Paulo no início do século XX, o novo trabalho de Flavia Castro mistura passado e urgência contemporânea. A história acompanha uma dramaturga em busca de reconhecimento, vivida por Luiza Mariani, que precisa enfrentar o machismo estrutural da arte e da sociedade para conquistar o espaço que lhe é negado. O elenco traz nomes como Karine Teles, Luciana Paes, Magali Biff e Eduardo Moscovis, reforçando o peso dramático da obra. Inspirado em uma figura pouco lembrada do Modernismo brasileiro, o filme chega aos cinemas em 27 de novembro pela Bretz Films.
Sessões: 18/10, às 21h45, no Espaço Petrobras de Cinema (Sala 1) | 26/10, às 14h40, no Instituto Moreira Salles – Paulista.
“Eclipse”
Dirigido e protagonizado por Djin Sganzerla, o filme mergulha em um suspense psicológico de tons metafísicos, acompanhando Cleo, uma astrônoma grávida que enfrenta o retorno da meia-irmã Nalu, de origem indígena. O reencontro das duas mulheres revela memórias fragmentadas e conexões espirituais que transitam entre razão e intuição. Djin combina o mistério da ciência com o poder simbólico da ancestralidade, criando uma experiência visualmente intensa. Com distribuição da Mercurio Filmes, o longa estreia em 2026.
Sessões: 19/10, às 17h20, no Cinesesc | 22/10, às 15h10, no Reserva Cultural (Sala 2).
“Um Céu de Estrelas”
Clássico da diretora Tata Amaral, o filme retorna em versão remasterizada, reafirmando sua importância histórica dentro do cinema nacional. Inspirado no livro de Fernando Bonassi, o longa acompanha Dalva, uma cabeleireira que encontra a chance de escapar de uma vida opressiva ao disputar a final de um concurso em Miami. Com Leona Cavalli e Paulo Vespúcio Garcia no elenco, a obra mantém sua relevância quase trinta anos após o lançamento. A nova cópia é distribuída pela Gullane+ e chega aos cinemas em 2026.
Sessões: 17/10, às 21h, na Cinemateca (Sala Grande Otelo).
Para mais informações sobre a edição de 2025 do evento basta clicar aqui.
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