A cantora Tássia Reis chega ao topo. Literal e figurativamente. Com o lançamento do aguardado “Topo da Minha Cabeça”, seu quinto álbum de estúdio, a artista celebra um marco pessoal e artístico que sintetiza dores, conquistas e redescobertas. Como uma linha de chegada que celebra os altos e baixos de um longo percurso, o novo projeto captura um ensaio íntimo de reconexão com sua ancestralidade, culminando na reafirmação de que o topo mais importante é aquele que reside dentro de nós.
Com dez faixas que se desdobram entre o Soul, Samba, Rap, Drill, Funk, R&B e Jazz, o álbum é um manifesto de liberdade criativa que reflete o olhar afrofuturista de Tássia, costurado com produção de nomes como Barba Negra, Evehive, Felipe Pizzu, Fejuca e Kiko Dinucci, além de parcerias especiais com Criolo e Theodoro Nagô.
Após quase sucumbir a um momento de fragilidade, a artista retornou mais forte, compreendendo que o verdadeiro ápice é interno. “Com minha atenção focada na saúde mental, espiritual e física, posso sonhar, planejar e viver melhor”, reflete a cantora, que enxerga o título do álbum como um mantra de autoconhecimento e presença. A canção homônima é um convite para que cada um encontre o próprio centro, celebrando a jornada de volta a si mesmo.
O processo de criação do álbum começou em 2020 com “Ofício de Cantante”, uma declaração de amor ao samba que abriu caminho para todo o projeto. Suas apresentações homenageando Alcione e a turnê que se seguiu ajudaram Tássia a se reconectar com suas raízes, moldando um trabalho que, mais do que nunca, coloca a ancestralidade em primeiro plano. Ela explica que, para que a música fluísse, era necessário um processo de desapego e entrega. Cada faixa, uma descoberta, um reencontro.
A sonoridade plural do álbum é marcada pelas diversas influências que Tássia carrega. A faixa-título, produzida por Barba Negra, é um exercício de presença que relembra o quanto esquecemos de nós mesmos ao longo da vida. “Brecha” destaca a resiliência das mulheres negras, enquanto “Asfalto Selvagem” mergulha no cotidiano duro da periferia. O samba, sempre presente, ressurge reinventado, em faixas que ecoam a sabedoria e resistência de Tássia.
Colaborações de peso enriquecem ainda mais a experiência sonora. Em “Tão Crazy”, Theodoro Nagô adiciona camadas de R&B com um toque romântico e reflexivo, enquanto Criolo une forças com Tássia em “Só um Tempo”, um diálogo entre Neo-Soul, Samba e Rap que fala sobre a necessidade de pausar, respirar e se reconectar. A produção criativa de Leandro Assis dá vida visual ao projeto, utilizando o cabelo como símbolo central que conversa com as faixas e expande o conceito do disco.
“Topo da Minha Cabeça” é um manifesto artístico que traduz a complexidade de Tássia Reis em sua plenitude. É um tributo às suas raízes e um olhar esperançoso para o futuro, um lugar onde ela se encontra por inteiro. E para os ouvintes, é um convite para embarcar nessa jornada junto com ela. O álbum já está disponível em todas as plataformas digitais, esperando para ser ouvido e sentido.