Pelo segundo ano consecutivo, a atração musical do aniversário surpresa do Papa Francisco, que aconteceu neste domingo, 17 de dezembro, o violino foi responsabilidade de Mary Rodrigues, a única brasileira a tocar como solista no Vaticano.
No ano anterior, Mary Rodrigues, submeteu-se a um rigoroso processo seletivo de aproximadamente dois meses, avaliando tanto as habilidades musicais técnicas dos candidatos quanto suas vivências na comunidade católica. Após uma avaliação minuciosa, Mary Rodrigues foi a escolhida para se apresentar ao Papa Francisco com a música “Heal The World”, de Michael Jackson, sendo destaque ainda no Fantástico, da Rede Globo. Além de sua participação no evento, Mary também integrou diversas conferências musicais em Roma.
Embora as etapas do processo para se apresentar ao Papa tenham sido desafiadoras no ano anterior, este ano Mary recebeu um convite surpreendente: uma ligação direta, o convite foi feito sem a necessidade de prova de habilidade, o que, para a artista, representa o reconhecimento de seu trabalho: “Fiquei extremamente feliz com o convite e a forma que ele foi feito, me confirmou que meu trabalho alcançou proporções inimagináveis. Pessoas importantes confiam em meu potencial, e essa é uma das melhores sensações que já experimentei”.
Outra novidade neste ano foi a temática escolhida para o aniversário, que adotou o tema “Circo”. Durante a programação, Mary Rodrigues teve a oportunidade de interpretar no violino duas músicas não litúrgicas, escolhidas pela artista e previamente autorizadas pelo conselho do Vaticano. “Se não bastasse o convite, tive a honra de escolher as canções. Me sinto lisonjeada”, compartilha a violinista.
Natural de Lorena, interior de São Paulo, em 2018, Mary também já fez parte da equipe organizadora do Encontro Internacional de Corais, reunindo coristas de todo o mundo, e colaborou com a Orquestra Diocese de Roma. Além disso, foi escolhida para traduzir a Oração do Corista, composta por Don Marco Frisina, uma das maiores referências da música na Igreja Católica.
Sobre a sensação de reviver o momento pertinho do Papa Francisco, Mary destaca um dos principais desafios: manter a calma e claro, a surpresa. “Foi difícil conter a ansiedade e não revelar tudo imediatamente. Ao realizar feitos tão grandiosos, meu maior desafio é comigo mesma, manter a surpresa e, é claro, dar o meu melhor durante a cerimônia. Mas ocorreu tudo conforme o esperado e foi maravilhoso estar perto do Papa mais uma vez, em um dia tão especial, para ele e pro mundo”, conclui.