Crítica: Ariana Grande, “Eternal Sunshine”

Ariana Grande lançou “Eternal Sunshine”, seu sétimo álbum de estúdio, no dia 8 de março de 2024, pela Republic Records. O projeto é uma colaboração com renomados produtores, incluindo Max Martin, Ilya Salmanzadeh e Oscar Görres, e é caracterizado por uma sonoridade que mistura pop e R&B com influências de synth-pop e house. Os sintetizadores mid-tempo, guitarras sutis e elementos orquestrais formam um pano de fundo rico e texturizado que complementa as letras introspectivas e emocionais de Grande.

Crítica: Ariana Grande, “Eternal Sunshine” | Foto: Reprodução

O título do álbum faz referência ao filme “Eternal Sunshine of the Spotless Mind” (2004), que trata das complexidades do amor e do desejo de esquecer relacionamentos dolorosos. Essa escolha reflete a intenção de Ariana em explorar sua própria vulnerabilidade e experiências pessoais, criando um registro que ressoa com muitos ouvintes, especialmente aqueles que já passaram por desilusões amorosas. A artista descreveu o álbum como uma combinação de vulnerabilidade e entretenimento, e essa dualidade é evidente em várias faixas.

O disco “Eternal Sunshine” estreou no topo da Billboard 200, marcando o sexto álbum número um de Ariana nos Estados Unidos. A recepção crítica foi, em sua maioria, positiva, destacando seu desempenho vocal e a profundidade emocional das letras. Os singles “Yes, And?” e “We Can’t Be Friends (Wait for Your Love)” não apenas alcançaram o primeiro lugar na Billboard Hot 100, mas também ajudaram Ariana a quebrar recordes femininos de estreias em primeiro lugar, sublinhando seu status como uma das principais artistas pop da atualidade.

A promoção do álbum incluiu aparições em programas como Zach Sang e Zane Lowe, além de uma performance no Saturday Night Live, onde a artista apresentou seu trabalho a um público amplo e diversificado. Para aqueles que buscam mais conteúdo, uma edição estendida, “Eternal Sunshine (Slightly Deluxe),” foi lançada um dia após o álbum, incluindo colaborações com Troye Sivan e Mariah Carey.

Musicalmente, “Eternal Sunshine” se destaca pela sua abertura impactante, que lança uma pergunta universal: “Estou no relacionamento certo?” Essa dúvida ressoa fortemente com a experiência de muitos jovens adultos. A transição para a faixa seguinte, “We Can’t Be Friends (Wait for Your Love),” é um dos destaques do álbum e exemplifica o que se espera de uma canção pop perfeita, com uma melodia gostosa e vocais controlados que refletem o trabalho vocal árduo que Grande tem feito para seu papel em Wicked.

Outras faixas dignas de nota incluem “i wish i hated you,” que provoca uma forte resposta emocional, a ponto de muitos ouvintes se identificarem com sua carga dramática, colocando-a ao lado de canções como “ghostin’” e “better off.” A faixa “supernatural” se destaca pela sua melodia simples, que poderia facilmente se encaixar em “Sweetener“, uma adição que agradaria a muitos fãs. Por sua vez, “true story” representa um lado mais ousado de Ariana, desafiando as percepções que o público tem dela ao longo dos anos.

Em síntese, “Eternal Sunshine” é um álbum que, apesar de algumas críticas sobre a redundância de certas músicas, mostra um notável amadurecimento na sonoridade e na narrativa de Ariana Grande. O álbum não apenas solidifica seu lugar na discografia da artista, mas também oferece um olhar sincero sobre os altos e baixos da vida amorosa, mantendo uma conexão poderosa com o público.

Nota final: 78/100

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