Alguns filmes envelhecem, outros permanecem como pequenos tesouros nostálgicos, e “O Diário de Bridget Jones” lançado em abril de 2001 se encaixa perfeitamente na segunda categoria. É um produto do seu tempo? Sim. Tem momentos que hoje podem parecer problemáticos? Também. Mas a verdade é que essa história sobre uma mulher tentando encontrar seu espaço no mundo ainda é divertida, interessante e cheia de charme.
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Bridget (Renée Zellweger) é uma protagonista que conquista fácil o espectador. Seu jeito atrapalhado e suas inseguranças são genuínas e fazem dela uma personagem com quem é impossível não se identificar. Desde o momento em que decide escrever um diário para tentar organizar sua vida, até os encontros e desencontros amorosos com Daniel Cleaver (Hugh Grant) e Mark Darcy (Colin Firth), acompanhamos sua jornada com um sorriso no rosto.
E parte desse carisma vem da atuação impecável de Renée Zellweger. Seu sotaque britânico é surpreendentemente bom, e sua performance lhe rendeu uma indicação ao Oscar, algo raro para comédias românticas. Hugh Grant e Colin Firth também fazem um excelente trabalho, cada um trazendo sua própria dose de charme para a trama. A cena da briga ao som de “It’s Raining Men”, das Weather Girls, é simplesmente hilária.
O filme segue fórmulas clássicas do gênero, mas faz isso com um brilho especial. Bridget não é uma heroína perfeita, e é exatamente isso que a torna tão real. Sua escrita sincera e desajeitada no diário, sua busca por autoconfiança e sua maneira peculiar de enfrentar os desafios da vida criam uma história que ressoa até hoje.
Em tempos onde as comédias românticas parecem ter perdido um pouco do brilho, “O Diário de Bridget Jones” lembra que o gênero pode ser esperto, bem escrito e muito divertido. É um daqueles filmes que revisitamos sem culpa, prontos para rir, suspirar e nos encantar com uma história que, no fim das contas, é sobre aprender a se aceitar como se é. E isso nunca sai de moda.