Em 2011, em alguma parte do ABC Paulista, uma faísca musical acendeu quando Yuri, Diego e Tato decidiram formar a Rise. Após uma série de mudanças de membros e a busca por um amadurecimento sonoro, a banda encerrou suas atividades, dando lugar à Florenza, inicialmente com a grafia “z” que trazia consigo uma promessa de renovação.
Em meio à pandemia, cinco anos depois, a Florença ressurgiu das cinzas. Em 2021, eles não apenas lançaram o EP “Toda História é Vivida Antes de Ser Contada”, mas também retornaram aos palcos. O período de hiato, marcado por desafios como a saída de membros e a utilização virtual da bateria, trouxe consigo uma determinação renovada. Com os vocais do carismático vocalista Yuri Scansani, a Florença recebeu um novo impulso no cenário musical no final de 2023 com a entrada do baterista Guilherme Malafaia. A sólida união desses músicos, que inclui Nicolas Malheiro no baixo, e as habilidosas guitarras de Otavio Simonato e Diego Geraldini. Com essa formação nova, a Florença está pronta para desbravar novos capítulos em sua trajetória musical.
Com influências que flertam com o EMO, Djent e Synthwave, a Florença conquista não apenas pelo som singular de sua guitarra de oito cordas, mas também pela presença de palco explosiva e o carisma em sua comunicação com o público. E como parte dessa evolução, vale destacar que a Florenza recentemente alterou seu nome para Florença, refletindo não apenas uma mudança na sonoridade, mas também na identidade da banda.
Convidamos você a descobrir mais sobre essa jornada na entrevista exclusiva concedida ao Caderno Pop, que segue adiante.
Como foi a transição da banda Rise para a Florenza e, posteriormente, para Florença?
Ela foi natural, começamos a perceber que nossos gostos e novos consumos musicais não iam mais de acordo com o som que fazíamos, a medida que nossos ouvidos e técnicas progrediam, sentimos a necessidade de fazer um som mais elaborado/técnico e maduro
Qual foi a inspiração por trás do nome “Florença” e sua variação de grafia ao longo do tempo?
Florença é a cidade das artes na Itália, mas curiosamente, quando tínhamos a Rise, sempre tocávamos em uma casa de shows em Santo André que era em frente uma loja de móveis planejados chamada Florence.
Conte-nos mais sobre a experiência de realizar mais de 20 shows em 2023, incluindo destinos e momentos memoráveis.
Foi uma experiência necessária, decidimos apostar em eventos que nos trariam algum retorno, seja financeiro, engajamento ou vivências de palco, trazemos dois momentos de 2023 com muito carinho, o primeiro foi em março, quando nossos queridos irmãos da banda Incêndio nos chamaram para tocar no interior, não conhecíamos ninguém e nos deparamos com diversas pessoas cantando nossas músicas, foi uma grata surpresa. E o momento mais marcante foi nossa estreia no Hangar 110, foi mágico!
Em meio à cena musical de São Paulo, como a Florença enxerga seu papel na construção e transformação do cenário local?
A gente enxerga que a Florença tem potencial para ajudar a fomentar muita coisa, evento, festa, marcas, é difícil falarmos não para algo. Mas sem dúvidas enxergo que nosso principal diferencial é o segmento do som, temos uma sonoridade diferente, talvez o fato de termos 20 cordas na banda ajude a dar esse destaque, pode ser que um dia sejamos referência dentro do gênero na cena.
Como a cena musical de São Paulo influenciou o retorno e a trajetória da banda?
Essa cena é totalmente responsável! Nunca deixamos de consumir, frequentar e conhecer coisas novas, somos fãs de vários artistas que hoje podemos chamar de amigos, Mi do Glória, os caras da Emmercia, a turma do Black Days, e vários outros, galera já está fazendo o corre desde sempre, nunca deixamos de ser fãs!
Quais são os planos da Florença para o futuro, além do lançamento do álbum em março? Poderiam compartilhar um pouco sobre o processo de composição e produção das faixas do álbum que estão por vir?
A curto/médio prazo, vamos trabalhar bastante o lançamento desse álbum, e priorizar nosso tempo/dinheiro para fomentar outras frentes da banda! Conseguir oferecer mais qualidade em todas as nossas entregas e fazer nosso som chegar em mais pessoas. O processo de composição é bastante íntimo, tudo que nós cantamos, algum membro da banda viveu, “27” é um relato pessoal do Yuri, o Diego escreveu “Hábitos Noturnos” observando um período que o Tato enfrentou em sua vida, temos sorte de sermos muito amigos e podermos nos enxergar uns nos outros. Normalmente os letristas são Diego e Yuri, e a parte de criação das bases e linhas fica por conta do Diego, com insights incríveis do Nicolas e do Tato, além de sempre darmos muita importância para as sugestões do nosso produtor, Filipe Coelho.
Na perspectiva da banda, como a harmonia entre música e amizade se reflete nas composições e na dinâmica geral do grupo?
Fundamental pro projeto dar certo! Somos muito profissionais com a Florença, e acredito que ninguém queira ter um “colega de trabalho” do qual não goste. Para nossa sorte somos MUITO amigos, o suficiente a ponto de conseguirmos resolver qualquer problema pessoal, antes de isso entrar no ambiente banda, sabemos separar as coisas
Bom, vamos para um lado mais descontraído? Se cada membro da banda fosse um super-herói, qual seria o superpoder exclusivo de cada um?
Cara, difícil responder isso, acho que o Tato e o Gui iam gostar de ficar invisíveis as vezes, o Yuri queria ter o fígado blindado, beber e não ficar bêbado, Nicolas com certeza gostaria de ter o super poder do dinheiro infinito, pra poder investir nos melhores equipamentos de música possíveis pra Florença, e o Diego já tem vários super poderes, mas não sentir sono seria importante pra quando a gente fizesse show de madrugada (risos).
Se a Florença pudesse criar um festival musical próprio, qual seria o nome e quais bandas estariam no lineup?
Na verdade estamos a frente de uma criação e curadoria de um festival, que é o Neblina Fest, a primeira edição contou com Florença e LAVOLTA, e já temos spoiler aqui pra segunda edição, teremos os amigos da CHVVV e da CONTINUE quebrando tudo! Quem sabe a gente não faz uma edição de fechamento com o My Chemical Romance e a Fresno né? (Risos)
Qual é a história mais engraçada ou peculiar que aconteceu nos bastidores durante um dos shows em 2023?
Normalmente a gente se comporta bastante nos bastidores, não damos muita brecha, mas já aconteceu de dar o famoso “piririri” na barriga de um dos membros, um minuto antes de subir no palco, e termos que enrolar um pouco para subir.
Para finalizar nossa entrevista, gostaríamos de dar espaço para cada membro da Florença compartilhar algo especial com os fãs e com quem está conhecendo a banda. Então, Yuri, Otavio, Diego, Nicolas e Guilherme, se puderem, deixem uma mensagem ou curiosidade que queiram compartilhar individualmente. O momento é todo de vocês!
Gostaríamos de agradecer o espaço para mostrar nosso trabalho e contar um pouco da nossa história! Para quem nos acompanha, nos aguarde, esse ano temos lançamento de clipe, de álbum, novo formato de show, novos merchs, contamos sempre com todos vocês ❤️
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