Tiago da Cal Alves, mais conhecido como Papatinho, é um dos maiores produtores musicais do Brasil. Nascido no Rio de Janeiro, ele ganhou notoriedade como membro do grupo ConeCrewDiretoria, mas sua carreira como beatmaker e produtor se expandiu rapidamente para além do rap nacional. Ao longo dos anos, trabalhou com grandes nomes da música brasileira, como Anitta, Marcelo D2, Criolo e Seu Jorge, e vem construindo uma sólida reputação internacional. Suas colaborações recentes com artistas globais, como Snoop Dogg, Travis Scott e Pharrell Williams, apenas reforçam seu talento e a amplitude de sua influência.
Com uma abordagem única de produção que envolve o uso de samples e batidas eletrônicas, Papatinho sempre buscou inovar, misturando referências e explorando novos territórios sonoros. No entanto, sua visão vai além das técnicas de estúdio: ele enxerga a música brasileira com potencial global, e está determinado a conectar o Brasil com a indústria internacional de maneira duradoura.
Durante um evento promovido pela Universal Publish e a Head Media, Papatinho conversou com o Caderno Pop sobre o futuro da indústria musical latina, as parcerias que moldaram sua carreira e os desafios de internacionalizar a música brasileira.
Papatinho começou destacando o atual cenário de internacionalização da música, mencionando como o Brasil tem se tornado um foco de interesse mundial. “O Brasil é um país muito rico em cultura e musicalidade, e isso tem despertado a curiosidade lá fora. Como produtor, sinto que tenho a responsabilidade de representar essa riqueza. Quando estou trabalhando fora, fico ainda mais motivado a levar nossa sonoridade para um público maior.“
Ele vê a produção musical como uma linguagem universal, sem barreiras culturais. “Na produção, a música não tem língua. Você está ali no estúdio, criando algo que pode ressoar em qualquer lugar do mundo. Isso é o mais legal, porque as fronteiras desaparecem e tudo vira música.“
Questionado sobre as colaborações internacionais mais impactantes de sua carreira, Papatinho revelou o prazer de trabalhar com Timbaland, uma das maiores lendas da produção musical global. “Foi muito irado trabalhar com o Timbaland. Ele é uma referência pra mim, e poder criar ao lado dele foi incrível. Fizemos umas sessões muito boas, e saíram alguns beats muito maneiros.“
Sobre a ascensão do Brasil no cenário internacional, Papatinho comentou sobre o crescimento da cena e a quantidade de portas que estão se abrindo para novos artistas. “Quando comecei, não havia um mercado para beatmakers como existe hoje. Era um sonho quase impossível. Mas com muito trabalho e dedicação, as coisas foram acontecendo. É muito gratificante ver essa nova geração conseguindo viver de música, e o Brasil sendo reconhecido lá fora.“
Ele também deixou um conselho para quem está começando. “A chave é amar o que faz. Eu larguei tudo para fazer música, sem ter certeza do que ia acontecer. Mas essa paixão me levou onde estou hoje. Se você se dedicar de verdade, as coisas vão acontecendo. Não tem segredo.“
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