O corpo elétrico e a alma acústica: essa é a mais pura tradução de Fernanda Porto. Multi-instrumentista, compositora e produtora musical, ela é consagrada como precursora do estilo musical que mistura a linguagem da música eletrônica aos diversos ritmos da música brasileira. O seu novo disco, Corpo Elétrico e Alma Acústica, é recheado de diferentes ritmos e sonoridades, que envolvem bossa nova, MPB, hip hop, baião, reggae, pop inglês, xaxado e balada romântica. “Eu estava em busca de algo que pudesse me representar e esse álbum é exatamente isso. Eu adoro passear por ritmos e ele representa essa minha pluralidade musical”, diz Fernanda.
A artista assina a direção artística, a produção musical, os arranjos e a gravação de todos os instrumentos e voz do novo álbum, que faz parte do seu selo recém lançado, Giramundo Records. “A produção musical é uma aventura sonora que eu gosto muito, é o meu mundo. Eu sou apaixonada pela possibilidade de buscar sonoridades, fazer arranjos, criar batidas diferentes. Produzir meu próprio álbum é sentir uma química da música com minha personalidade, é garantir que eu estou ali por inteiro”, completa. Em um trabalho cheio de autenticidade, o amor é o protagonista. “Ao compor as letras, eu coloco pra fora tudo o que preciso falar, é minha melhor forma de expressão. Enquanto eu puder ter tudo isso dentro de mim, esses sentimentos, eu me sinto alimentada. É o anseio pelo amor em todas as suas formas e traduções”, conta.
Em uma série de lançamentos quinzenais desde abril, Fernanda agora divulga o álbum completo com 15 músicas, entre elas a inédita Alma Acústica, em homenagem a Milton Nascimento. “Fiquei refletindo sobre o que é a alma acústica e imediatamente veio Milton Nascimento na cabeça. Eu tive que compor na hora, foi avassalador. Fazer uma música para o Milton é uma grande responsabilidade”, conta a artista. A letra diz: “Sigo nessa procissão, num mar de velas eu prossigo / Sou da América do Sul, sigo nesse trem azul / Mais do que Três Pontas, eu não sou daqui / Não sou de nenhum lugar / Sou do Rio de Janeiro, de alma mineiro / Sou Bituca, sou caçador de mim”. O álbum também conta com uma homenagem ao sanfoneiro Mestrinho, na faixa Nesse Fole Nesse Fogo.
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