Best-seller do The New York Times e finalista do National Book Award e do Orwell Prize, O mundo depois de nós, que chega às livrarias pela Intrínseca em novembro, é um suspense inteligente e provocativo sobre medos, desejos e tensões contemporâneos. Na obra, Rumaan Alam oferece uma narrativa ágil na qual os personagens vivenciam o que parece ser o fim do mundo como eles o conhecem sem terem real noção do que está acontecendo.
Eleito livro do ano por veículos como The Washington Post, Time, Kirkus e The New Yorker, a obra — escrita antes da crise do coronavírus — parece antever o sentimento de pânico generalizado gerado pelo isolamento. Com um narrador onisciente, que contribui na construção da atmosfera e oferece informações graduais sobre os sinistros acontecimentos, e um humor refinado, toca em temas sensíveis, como desigualdade de classe, racismo e a nossa crescente dependência da tecnologia.
O enredo tem início com a expectativa de uma típica família de classe média nova- -iorquina de curtir uma semana de férias. Amanda e Clay alugam uma casa em um lugar remoto de Long Island e tudo que querem é um descanso da vida agitada que levam na cidade de Nova York. Eles anseiam por um tempo livre com os dois filhos adolescentes e por momentos de deleite na propriedade luxuosa. No entanto, uma batida na porta tarde da noite traz uma mudança inesperada. Eles se deparam com um casal em pânico, Ruth e G. H., que afirmam ser os proprietários. Esses estranhos alegam que um blecaute geral devastou a cidade e, sem outro lugar aonde ir, eles decidiram voltar para a casa de veraneio em busca de abrigo.
Sem sinal de TV, de internet ou rede de telefone, não há como checar a veracidade das informações. Amanda e Clay devem confiar nesse casal — e vice-versa? O que aconteceu em Nova York? A casa de férias, isolada da civilização, é um local realmente seguro para ambas as famílias? E mais importante: eles estão a salvo uns dos outros?
Recomendado por Barack Obama, O mundo depois de nósé um suspense psicológico original, narrado com maestria e uma voz envolvente, que traz o leitor para dentro da trama. Com uma visão perspicaz e provocativa, Rumaan Alam levanta questionamentos sobre raça, a obsessão da classe média por dinheiro e conforto, a ideia que fazemos de nós mesmos e a verdadeira conduta moral e ética diante da própria sobrevivência.
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