Após dois meses de temporada no 033 Rooftop, o musical “Rocky” se despede dos palcos neste domingo, 18 de maio, e leva consigo uma das interpretações mais delicadas e impactantes da montagem: a da atriz Lola Fanucchi no papel de Adrian, personagem-chave na trajetória de Rocky Balboa. Mais do que um par romântico, Adrian surge como o centro emocional da história, e, nas mãos de Lola, ganha profundidade, nuances e um arco de superação que transforma sua despedida em um momento de celebração.
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Em entrevista ao Caderno Pop, Lola compartilha a dimensão que encontrou ao viver a personagem: “A Adrian vai muito além da imagem apagada da ‘namorada do protagonista’. Ela tem um papel central no crescimento do Rocky, e ele no dela. É uma troca que transforma os dois. No musical, isso fica ainda mais evidente com solos e cenas que exploram sua vulnerabilidade e evolução. O público vibra com ela como uma personagem de protagonismo, e isso é muito recompensador”.
O momento mais marcante da personagem, segundo Lola, acontece no segundo ato: um solo intenso, que se desenrola após um confronto familiar e culmina em um grito de independência. “É o instante em que ela diz ‘basta’ e começa a se enxergar como alguém capaz de escrever a própria história. A música é tecnicamente exigente, mas o que a torna especial é a emoção que carrega. É ali que ela vira a chave e se liberta”.
A atriz acredita que, se a história fosse contada do ponto de vista de Adrian desde o início, o público veria uma autêntica heroína: “Ela passa por muitas dificuldades emocionais, vive em um ambiente familiar violento e, ainda assim, encontra forças para crescer. Sua jornada é de superação pessoal. Mesmo sem um sonho profissional claro como o de Rocky, ela constrói algo igualmente admirável: a reconstrução de si mesma. Isso é heroico”.
Para além do palco, Lola destaca as ressonâncias pessoais que encontrou na personagem. “A Adrian me ensinou muito sobre estabelecer limites. Muitas vezes, nos colocamos em relações injustas, tentando salvar o outro enquanto esquecemos de nós mesmos. Empatia sem reciprocidade cobra um preço alto. Ao longo da temporada, fui percebendo o quanto essa trajetória de aprendizado, de acolher as próprias vulnerabilidades, se parece com a minha. O teatro também serve para isso: nos devolver versões melhores de quem somos”.
Às vésperas da última apresentação, a atriz se despede de Adrian com a certeza de que o papel ultrapassou a função dramática e se tornou símbolo de algo maior: a força silenciosa de quem cresce por dentro, mesmo nos bastidores da luta. Em cena, Lola deu corpo a uma personagem que desafia estereótipos e, com isso, entregou ao público um retrato sincero da coragem feminina.
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