A música alternativa, experimental e PC Music estão cada vez mais em alta, quase como o novo pretinho básico da indústria musical. O experimentalismo virou tendência, refletindo a sede de artistas e ouvintes por experiências sonoras que dão um chega pra lá no convencional. Esse movimento não só sacode o cenário musical, mas também abre espaço para uma arte mais inclusiva e diversificada. Exemplos disso incluem o crescente sucesso de álbuns como “Brat” da Charli XCX, que misturou hyperpop e PC Music em uma fusão que faz barulho tanto no underground quanto no mainstream.
No epicentro dessa revolução sonora estão Sevdaliza, Arca e Tokisha, cada uma colocando seu toque único e essencial no futuro da música.
Sevdaliza, nascida Sevda Alizadeh em Teerã, Irã, é a prova viva de que a criatividade não conhece fronteiras. Com sua mistura de trip-hop, eletrônica, R&B alternativo e pop experimental, ela trilha um caminho artístico que começou com os EPs “The Suspended Kid” e “Children of Silk” em 2015. Desde então, Sevdaliza vem explorando temas complexos como identidade e feminilidade, sempre com uma boa dose de vulnerabilidade. Seu álbum de estreia, “Ison” (2017), caiu no gosto da crítica, e faixas como “Human” e “Shabrang” mostram que ela não veio a passeio. Sua arte é profunda e camadas, misturando emoção e estética em uma obra multimídia que foge de qualquer rótulo.
Arca, por sua vez, é um verdadeiro gênio que está mudando a cara da música experimental. Nascida Alejandra Ghersi em Caracas, Venezuela, Arca flerta com o humano e o digital, o orgânico e o sintético, criando um som que é tanto desafiador quanto cativante. De álbuns como “Mutant” (2015) a “KiCk I” (2020), sua habilidade de mesclar eletrônica, avant-garde e música latina tem deixado o público de boca aberta. E, como se não bastasse, ela ainda colabora com nomes como Björk e Rosalía, provando que sua influência vai muito além dos limites do experimentalismo, redefinindo o que a música pop pode ser no século XXI.
E então vem Tokisha, a dominicana que está virando o cenário de cabeça para baixo. Combinando trap, reggaeton, dembow e uma pitada de rebeldia, Tokisha não tem medo de provocar e mexer nas estruturas da música urbana. Nascida em San Felipe de Puerto Plata, República Dominicana, suas faixas como “Linda” (com Rosalía) e “Tukuntazo” exploram temas como sexualidade e feminismo, com uma autenticidade que desafia o status quo. Tokisha está redefinindo o papel das mulheres na música urbana, trazendo uma nova energia para o cenário global da música latina e, claro, expandindo os limites do experimentalismo dentro de gêneros que sempre seguiram narrativas mais tradicionais.
Essas artistas exemplificam a tendência de romper fronteiras – tanto sonoras quanto culturais. Elas estão moldando o futuro da música ao abraçar a inovação e a diversidade, mostrando que a música alternativa e experimental não é mais apenas um nicho excêntrico, mas sim um motor de transformação global. À medida que artistas como Sevdaliza, Arca e Tokisha continuam a expandir os limites do que é possível, o futuro da música promete ser mais inclusivo, dinâmico e – por que não? – cheio de surpresas.
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