A atriz e cantora Ana Luiza Ferreira, conhecida por marcantes papéis nos palcos, como Irmã Maria Roberta em “Mudança de Hábito”, Regina Koontz em “A Era do Rock”, Veronica Sawyer em “Heathers” e Sra. Puff em “Bob Esponja – O Musical”, está agora sob novo holofote. Após encantar o público carioca com sua performance em “Beetlejuice – O Musical”, no Rio de Janeiro, ela traz toda sua energia para São Paulo.
A partir do dia 22 de fevereiro, Ana Luiza estará brilhando no Teatro Liberdade como a jovem gótica Lydia Deetz, a protagonista que conduz a trama ao lado do emblemático “Besouro Suco”, vivido por Eduardo Sterblitch, e grande elenco. Confira a entrevista exclusiva:
Como você se preparou para interpretar o papel desafiador de Lydia, em “Beetlejuice”? Onde ela mais exigiu de você?
Fiz muita pesquisa, pensando sempre em enriquecer a personalidade da personagem, e também referências do estilo gótico, dos anos 80, da linguagem do tim burton.
Também foi necessário me preparar em todas as vertentes possíveis. Físicamente, Mentalmente, Artisticamente:É um personagem desafiador em todos os sentidos. Me cerquei de profissionais incríveis me ajudando a estar cada dia mais preparada e com muita disciplina.
Qual foi o momento mais memorável durante a temporada de sucesso no Rio de Janeiro?
Todos os dias foram muito especiais, mas acho que nossa estreia foi o mais memorável. A primeira vez que a gente teve público e pode sentir a reação das pessoas. E saber que até as coisas que a gente não tinha certeza funcionavam no palco foi muito gratificante.
Lydia é uma personagem com nuances únicas. Como aborda a construção de personagens tão distintos em sua carreira?
Eu sempre gosto de emprestar algo da minha personalidade pros personagens, construí-los a partir das nossas semelhanças e ir descobrindo as diferenças durante o processo. Ir pincelando aos poucos até chegar na mistura ideal.
Qual é a importância da comédia na sua performance ao lado de Eduardo Sterblich, que já é do gênero, em “Beetlejuice”?
É muito bom fazer comédia do lado de um cara tão genial e generoso como o Edu. É um prazer e um privilégio todo dia. A Lydia é mais responsável pelo arco dramático da peça mas também tem um papel muito importante na comédia: na troca com o Beetlejuice e outros personagens também. É necessário levar a sério e jogar com muita honestidade pra não só a comédia, mas tudo funcionar.
Há algum desafio específico que você enfrentou ao trazer um personagem do cinema para o palco em “Beetlejuice”?
Acho que os autores da peça fizeram um excelente trabalho na adaptação do filme para o teatro, e a nossa adaptação pro português seguiu essa regra. Então o material nesse caso só ajudou na construção. Eu, que sou muito fã do filme e da Winona Ryder, quis trazer bastante inspiração do filme pra minha interpretação.
Como recebeu a notícia da sequência do filme “Os Fantasmas se Divertem” e qual é a sua expectativa para o futuro da história?
Fiquei muito feliz com essa notícia! Sempre fui fascinada pelos filmes do Tim Burton, não só o Beetlejuice. E já estou ansiosa para ir ao cinema assistir. Ao que tudo indica, é hora da filha da Lydia experimentar a viagem para o limbo.
Qual a expectativa para a temporada de São Paulo?
Estamos todos muito animados para São Paulo, pois sabemos que o público está esperando há muitos meses pela nossa ida. Sem contar que o público paulista de teatro musical é muito forte e apaixonado, e isso nos motiva ainda mais. Espero que gostem do nosso trabalho!