Representante da nova música popular brasileira, Diego Moraes lança, nesta sexta-feira, 15, seu primeiro EP “Em Casa”, em todas as plataformas digitais. Com sonoridade minimalista e uma faceta instrumentista do cantor – até então pouco explorada -, as duas músicas autorais que compõem o projeto foram gravadas pelo selo A Música Viva, no Lab Sound, em Piracicaba, interior de São Paulo e terra natal do artista.
“Esse EP é um grande desafio pra mim. Cantar e tocar ao mesmo tempo sempre foi algo distante na minha carreira. Fiquei com medo, mas é exatamente isso que me move”, comenta Diego. “O projeto se chama “Em Casa” porque me remete à cafés-da-manhã em casa quando a gente acorda. E também à jantares românticos com vinho”, define o cantor.
O EP nasceu a partir da série “Em Casa” em seu canal no Youtube, que conta com quatro vídeos de Diego cantando em ambiente intimista. São duas interpretações, “Negro Gato” (Getúlio Cortes) e “Nkosi sikelel’ iAfrika” (Hino da África do Sul), e duas autorais “Bipolar” e “Que Pena”. Sendo o último lançado junto ao compilado nesta sexta. A gravação foi feita pela Batoque Filmes, concepção de Diego Moraes e selo A Música Vive, fotografia de Binho Benvenutti e luz de Mateus Godoi Ribeiro.
“Pensamos em algo intimista para que as pessoas ouvissem e se sentissem em casa. Como se estivessem assistindo à uma playlist e fazendo suas tarefas ou em uma reunião com amigos. Hoje o cenário já é outro e de fato estamos isolados socialmente”, comenta Diego. “O vídeo, a luz e o áudio me aproximam tanto do público que parece até que estou em uma roda de música com quem estiver ouvindo”, diz.
Canceriano e amante de uma boa paixão, as duas músicas do EP foram escritas para antigos relacionamentos. “Que Pena”, conta a frustração de estar com alguém que não sai do celular. Tamanho é o fenômeno redes sociais, que Diego percebeu, apresentando a canção em rodas de amigos, que o problema está em todos os lugares: “Todo mundo está conectado o tempo todo, inclusive quando eu canto a música para registrar o momento e postar, ao invés de viver de fato e guardar no coração”, conta ele.
Já em “Bipolar”, Diego traz as fases cíclicas de um romance, marcado pela falta de companheirismo de um ex-namorado que não o acompanhava nas danças e bebedeiras pelas noites. A letra vai além de um sentimento particular do cantor, que sente a abrangência quando o público o procura para contar o quanto se identificam com a situação e o sentimento.
Há 20 anos, Diego Moraes começou a se apresentar em bares de Campinas, interior de São Paulo, e seguiu a carreira musical. Finalista do programa “Ídolos” (SBT) de 2009, além da carreira solo, também integra o grupo “Não Recomendados”, com Daniel Chaudon e Caio Prado. Atualmente, entre músicas autorais autobiográficas e regravações, tem 27 singles lançados, sendo “Muderno” o mais popular.
Coleciona parcerias em composições com diversos artistas contemporâneos, como Caio Prado, Daniel Chaudon, Fernanda Dias, Diego Antunes e Núria Mallena. Em seus shows, já contou com participações como Ney Matogrosso, Tássia Reis, Liniker, Iza, As Bahias e a Cozinha Mineira, Filipe Catto, Bia Ferreira, entre outros.
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