A espera acabou, e a King Saints está entre nós! O nome já tem peso no cenário musical brasileiro, mas dessa vez ela veio com tudo para deixar uma marca ainda mais profunda. Com o lançamento de seu álbum de estreia, “Se Eu Fosse Uma Garota Branca”, King traz à tona temas delicados e necessários com uma mistura de humor ácido e crítica social afiada. Entre batidas pop envolventes e letras que desafiam o status quo, o álbum é uma jornada pela identidade, pela vivência da mulher negra, e pela música que desafia as estruturas convencionais. Se o lado B do pop tem uma dona, King Saints já está no comando.
King Saints não precisa de muita introdução — a carreira fala por si, mas agora é hora de ouvir a voz por trás de tantas composições icônicas. Com seu álbum de estreia, “Se Eu Fosse Uma Garota Branca“, ela está pronta para se apresentar ao público de uma forma inédita. “Demorou 11 anos pra esse álbum sair“, ela começa, refletindo sobre a longa caminhada até o lançamento. “Dentro dessa estrada, eu compus pra muita gente. É um privilégio ver a carreira de outros artistas crescerem com o meu trabalho, mas chegou a hora de contar minha própria história.“
A artista sabe que o público está curioso para entender o que a inspirou a criar esse álbum tão pessoal e provocativo. “Eu acho que esses 11 anos foram muito frenéticos“, ela admite. “Viver de música nesse país é uma loucura, ainda mais vindo de onde eu vim, da onde a Pocah veio, da onde a Ludmilla veio… não é uma trajetória romântica, sabe? É linda, mas é frenética, sem glamour.” E o álbum reflete isso: “Vai ser um álbum bem frenético, bem divertido. No meio desse caminho todo, a gente aprende a rir da vida. Eu diria que é um humor ácido, aquele que questiona, mas te faz rir ao mesmo tempo.“
Para King, o humor é uma ferramenta poderosa. “Questionar a vida rindo é muito mais gostoso. Então, sim, vai ter bastante humorácido no álbum.” Ela ri do próprio termo, mas é clara em suas intenções. O projeto carrega as marcas de suas vivências, as lutas e as vitórias, e isso transparece nas faixas. “Eu acho que é uma combinação dos meus 11 anos na música. Não quis fazer nada pensando só nas ferramentas da indústria, tipo ‘vou fazer uma música pro TikTok hitar’. Eu faço música que eu gosto, de dentro pra fora. As ferramentas são só isso, ferramentas.”
O público moderno, muitas vezes guiado por singles e lançamentos rápidos, também entrou na conversa. “Hoje em dia, tem quem consome álbuns inteiros e tem quem só vai pelos singles. Mas a música transcende tudo isso. Eu não quero que minha arte seja acelerada pelas tendências. Quero que quem chegue até ela goste pelo que ela é, independentemente de onde ou como consomem.”
Ao ser perguntada sobre qual faixa do álbum mais representa o momento atual de sua carreira, King não hesita: “Se Eu Fosse Uma Garota Branca“, responde com convicção. “Essa é a música que resume o álbum. Quando você escutar, vai entender tudo.“
A artista finaliza com uma reflexão sobre o próprio processo criativo: “Eu faço música baseada na minha vivência, no que eu ouvi e vivi nesse mundo. E a graça está aí. Quero que quem ouvir sinta essa conexão, que faça sentido pra essas pessoas também.“