“O funk é a cola da cidade partida”. Essa era a bandeira de Mr. Catra, cantor que popularizou o funk proibidão nos anos 90 e 2000. Poliglota, formado em Direito e pai de 26 filhos, o compositor ficou eternizado na nossa música popular por expor a realidade das favelas cariocas – muitas vezes, com muito machismo. Por isso, a fim de homenagear e subverter a obra de Mr. Catra, a cantora Gabily fez a sua versão voz e violão do sucesso “Adultério” para o projeto “Eternos Clássicos”.
No dia 13 de agosto, “Adultério” chega nas plataformas de música e com clipe no Youtube com um novo verso: “É o dia / Que a orgia / Tomou conta de mim / Assim / Vou eu, Rebecca, Pocah e Ingrid pra night / Bem no sapatinho”. Além de ser uma reverência ao cantor que abriu portas para o funk proibidão, Gabily atualiza a letra e reposiciona a mulher nessa narrativa: “esse foi o maior sucesso do Catra. Escolhi a música que caiu no gosto de todos os públicos e que abriu portas para artistas como eu cantar esse estilo de funk, mais explícito. Mas quis fazer do meu jeito, lembrando que o lugar da mulher é onde ela quiser”.
E esse é o objetivo do novo projeto da intérprete. Neste momento de quarentena, são nesses clássicos em que nos agarramos para respirar o ar fresco do rejuvenescimento. A releitura de uma obra eternizada traz sempre uma novidade, além de ser um gatilho para a nostalgia.
Depois de lançar “Putaria Clássica” – dois EPs acústicos de funks proibidões –, a cantora Gabily continua o trabalho “Eternos Clássicos”, em que interpreta funks que ficaram gravados na história da nossa música popular brasileira. “Adultério” é o terceiro single deste projeto, que vem depois da versão voz e violão de “Copo de Vinho” e “Tô Tranquilão”.
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