Holdon é uma adaptação do termo de língua inglesa “Hold on”, que significa: “mantenha-se firme”, “resista”. E é esse o sentimento que vem à tona nas 3 faixas do EP “Outra História”, que os londrinenses lançam nessa sexta-feira (13/12) em todas as plataformas digitais de streaming. O EP é lançado pelo Selo Curva, de Birigui/SP e distribuído pela Tratore, a maior agência de distribuição de música independente do Brasil.
Perguntados sobre as influências no som da Holdon, os integrantes citaram vários medalhões do rock brasileiro anos 90: Raimundos, Planet Hemp, Charlie Brown Jr., Dead Fish, CPM 22 etc. Mas logo nos primeiros segundos de “Libertar”, a linha hipnótica da guitarra remete ao pós-punk dos anos 80, só isso somado as dissonâncias na melodia da música que dá nome ao EP e as mudanças de andamento de “Eu Voltei”, já levam o som da Holdon a desbravar outras fronteiras. Ou seja, não espere uma banda revival 90 sem aspirações estéticas maiores. “Apesar das influências voltadas ao punk rock/hardcore tentamos criar nossa própria identidade nas composições. Acho que o legal é não ficar sempre no mesmo e se redescobrir a cada música nova”, explica Daniel Paixão, guitarrista da banda.
As letras das três músicas, escritas pelo já citado Daniel Paixão e ainda Lucas Ventura (guitarra) e Renan Alício (bateria), retratam mazelas da sociedade atual, mas sempre com a alternativa de superar os problemas e seguir em frente. Temática sugerida pelo nome da banda e também pela capa do EP, feita pelo baixista Vinícius Malanote, que ilustra algo como uma luz no fim do túnel. As faixas foram gravadas no home-studio da própria banda e masterizadas no TruePeak Studio em Birigui/SP por Alexandre Soares, produtor e idealizador do Selo Curva.
História
A Holdon foi formada despretensiosamente em 2011, na cidade de Londrina (PR). Em 2012 surgiram as primeiras oportunidades de shows na cena underground da cidade, onde a banda aos poucos foi se destacando, chegando a se apresentar por dois anos consecutivos no Impacto Rock, festival fundamental para a cena independente da cidade. Essa primeira fase da banda perdurou até 2014, quando os membros decidiram seguir com outros projetos. A amizade e todas as boas lembranças da banda foi o que motivou a volta em 2019. Agora com o foco totalmente voltado para o autoral.
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