A pandemia atrasou os planos de muitos artistas e o Cadu Pereira foi um desses que teve os sonhos adiados. Ele lançou ano passado o álbum “A Banda Que Nunca Tocou”, mas por causa da Covid-19 não conseguiu fazer uma turnê. A partir daí ele resolveu recriar suas músicas em um novo álbum lançado neste ano, onde canta e toca todos os instrumentos.
A segunda música a ser divulgada no projeto é “Acordar”, que chega em duas versões. A primeira faixa foi “Lua Amarela”. Nas plataformas digitais dá para ouvir tanto a versão oficial do álbum “A Banda Que Nunca Tocou” quanto a versão acústica do álbum “O Show Que Nunca Rolou”. Esses dois álbuns são parte de um mesmo projeto que somados já alcançaram mais de 300 mil plays no Spotify nos últimos 6 meses.
“Quando lancei o álbum “A Banda Que Nunca Tocou” em novembro de 2020, já sabia que não teria como fazer um lançamento ao vivo em meio a pandemia. Trancado em casa e com uma imensa vontade de tocar resolvi reproduzir em meu home studio as linhas musicais do álbum usando apenas quatro instrumentos. Com ukulele, violão, baixolão e piano recriei o álbum com uma atmosfera acústica e arranjos completamente diferentes das versões originais. Em poucos dias fui gravando as bases, criando os backings vocals e deixando fluir como em uma gravação ao vivo, criei também o ambiente de show com o público e tudo mais. Por fim, chamei minha esposa e cantei o show para ela fazendo as voz principal do álbum”, conta.
“Selecionei quatro dos meus instrumentos. Um violão Takamine que me acompanha desde 96, um baixolão Crafter de quatro cordas que eu não usava desde o tempo do Fábrica Brasil, um Ukulele soprano Kala comprado diretamente no Hawaii (mas produzido na China) e um teclado Casio onde usei apenas o som de piano. Junto a isso um único microfone Behringer. Fiz uma base violão e voz com todas as músicas em sequência em um mesmo projeto do pro tools. Como um ao vivo mesmo. Sobre esse track fui gravando o baixo, o ukulele e o piano. Sempre do começo ao fim sem interrupções. Depois regravei o violão substituindo a base guia e comecei a fazer a vozes. Minha maior diversão nesse projeto foi criar os backings vocals fazendo terças, quintas e algumas oitavas que deram um brilho especial as canções. Na pós-produção me ative principalmente a elevar a ambiência de um show ao vivo com os reverbs e efeitos necessários.”, lembra.
Daí surgiu o disco, um pocket show com versões acústicas e “ao vivo” no melhor estilo “one man band”, tocando, gravando e produzindo tudo.