Primeiro livro publicado da inglesa Emma Stonex, “O Farol”, que chega neste mês ao Brasil pela Intrínseca, entrou para a lista dos best-sellers do Sunday Times logo após seu lançamento em março deste ano. Traduzida para mais de 20 idiomas, a obra foi considerada pelo The Telegraph uma das melhores já publicadas em 2021. Stonex consegue capturar o leitor logo nas primeiras páginas, com sua narrativa madura e envolvente, que estabelece um clima de mistério e desperta dúvidas que aumentam a curiosidade sobre o desfecho da história. Uma estreia impactante, que cria boas expectativas para os próximos livros da autora.
Inspirado em uma história real ocorrida em 1900, o livro narra o desaparecimento de três faroleiros em um farol remoto, e os desdobramentos desse acontecimento misterioso. Os indícios são intrigantes: uma porta fechada por dentro, uma mesa posta apenas para duas pessoas e dois relógios parados exatamente na mesma hora. Com peças que não se conectam, o quebra-cabeça desse estranho desaparecimento segue sem resolução por quase duas décadas. O que afinal aconteceu com os homens naquele farol?
Em 1992, as viúvas dos faroleiros ainda lutam para deixar para trás um passado de angústia. Afastadas por mágoas e desavenças antigas, as três têm a oportunidade de se reconectar com o surgimento de um escritor interessado em contar a história delas e dos homens desaparecidos. Porém, para a verdade vir à tona, essas mulheres vão precisar encarar os medos e as mágoas cultivados ao longo dos vinte anos passados sem respostas sobre o que aconteceu com seus maridos.
Para além de um livro de mistério que flerta com o sobrenatural, “O Farol” é também uma história sobre o amor, o luto e como os nossos medos mais íntimos e aterradores podem nos fazer questionar o que é real e o que é imaginação. Um livro que vai instigar os leitores do início ao fim.